O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
O Rio Grande do Sul fechou 2021 com mais nove cachaçarias, alcançando o número de 53 estabelecimentos em funcionamento. O levantamento é do Anuário da Cachaça do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e considera o saldo entre aberturas e fechamentos. O Estado ficou entre os três com maior número de novas operações no ano passado, atrás apenas de São Paulo (com 15 novas fábricas) e empatado com Santa Catarina.
Outro dado curioso é que 44 cidades gaúchas possuem pelo menos uma cachaçaria. Isso representa 8,85% dos municípios do Estado. O levantamento também mostrou que há uma cachaçaria para cada 216.352 habitantes do Rio Grande do Sul - é o que a pesquisa chama de "densidade cachaçeira". O Estado é o quinto do país neste quesito.
Para o representante da Associação dos Produtores de Cana de Açúcar e seus Derivados no Rio Grande do Sul, Paulo Ramos, há cada vez mais interesse de produtores de cana-de-açúcar (a matéria-prima da cachaça) e de investidores nesse segmento. Ele também destaca que um dos diferenciais do Estado é a produção em pequeno volume, de cerca de 25 a 30 mil litros por ano.
Apesar do crescimento de novas operações, o Estado segue em sexto lugar entre os que mais tem cachaçarias pelo Brasil, mesma posição de 2020. Em primeiro lugar, disparado, está Minas Gerais, com 353 estabelecimentos. Na sequência, vem São Paulo, com 143, e Espírito Santo, com 64. A região Sudeste é conhecida pela produção da bebida, também porque concentra boa parte do plantio de cana.
Para fechar, há, hoje, 333 produtos de cachaça registrados em solo gaúcho, um aumento de 93 em relação à 2020. Ou seja, em média, cada cachaçaria gaúcha tem 6,3 bebidas registradas. Isso ocorre porque a legislação prevê que deve haver registro diferente sempre que a cachaça tiver denominação ou composição diferentes.
Recentemente, o colunista de GZH Leandro Staudt publicou sobre a história da cachaça no Rio Grande do Sul, que teve o Litoral Norte como berço. A cana foi trazida ao Estado em 1770 por imigrantes açorianos. Mais informações: Onde começou a produção da cachaça gaúcha
E por falar em cachaçaria, recentemente a coluna noticiou, no podcast Nossa Economia, que a Weber Haus, destilaria de Ivoti, vai investir R$ 35 milhões em uma nova fábrica na cidade. A nova estrutura faz parte de um plano da empresa de expandir sua presença no mercado externo. Saiba mais aqui:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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