Quando questionado sobre política econômica, o vice-governador eleito, Gabriel Souza, começa defendendo a "agroindustrialização" no Rio Grande do Sul para agregar valor ao que é produzido pelo setor primário. Também pretende explorar a vocação do Estado para inovação para melhorar a competitividade das empresas e qualificar a mão de obra. Ainda como presidente da Assembleia Legislativa, ele participou da missão de autoridades e empresários à Espanha em 2021, quando se confirmou a realização do South Summit em Porto Alegre. Confira entrevista à coluna:
Qual seu plano para a política econômica do Estado?
Temos que continuar com a liberdade econômica no que tange a agilizar licenciamentos e desburocratizar fluxos para investimentos privados aqui. Também ter uma política ainda mais robusta de captação de projetos privados com proatividade, ou seja, o Estado buscar oportunidades em outras unidades da Federação, no Exterior e até dentro do próprio Rio Grande do Sul. Não apenas esperar. E financiar atividades econômicas, não só dos grandes negócios, mas também dos micro, pequenos e médios negócios, usando os bancos públicos do Estado com, por exemplo, linhas de crédito operadas pelo BNDES.
Qual sua opinião sobre a privatização da Corsan e do Banrisul?
O Banrisul, nos comprometemos na campanha a não privatizar e em fortalecer o banco para que seja instrumento importante de desenvolvimento do Estado. Na Corsan, o processo da privatização está em andamento. Nossa expectativa é, mesmo com o cronograma apertado, realizar a venda até o final deste ano.
Algum nome ou, ao menos, perfil para secretarias e órgãos na área econômica?
Olha, mesmo que tivesse algum nome em mente, quem falaria seria o governador Eduardo (Leite). Eu, como vice-governador, vou colaborar no processo, mas o líder é ele. Mas não temos ainda nome engatilhado.
Concorda que sejam mantidas reduzidas as alíquotas de ICMS para combustíveis, energia elétrica e telecomunicações?
Tenho preocupação com o preço do combustível não por causa do ICMS, porque eu acho que serão mantidas as alíquotas menores, estamos esperando a compensação pelo governo federal conforme previu o Congresso. O Rio Grande do Sul precisa e, pelo Regime de Recuperação Fiscal, é mais fácil obtê-la. O que me preocupa é o efeito rebote da política de pressão no preço do combustível promovida pela Petrobras durante o período eleitoral.
Quais dores da economia gaúcha mais terão sua atenção?
Tivemos um problema gravíssimo de estiagem, mas agora temos um outro momento com a nova safra, que pode viabilizar uma recuperação significativa. O varejo será beneficiado pela queda da carga tributária no Estado. E a indústria, que não parou nem na pandemia, está indo muito bem. O meu prognóstico para o ano que vem é de crescimento.
Ouça a entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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