Usada como tempero, parte da salada ou até prato principal, a cebola está bem mais cara. Nos últimos 12 meses até agosto, o preço acumula alta de 88,28% na região metropolitana de Porto Alegre. É quase 13 vezes o índice geral da inflação calculado pelo IBGE no período, que ficou em 6,95%. Em alguns supermercados, o quilo já se aproxima dos R$ 9.
Assistente técnico em olericultura da Emater do Rio Grande do Sul, Gervásio Paulus destaca dois motivos que explicam a elevação. Um deles é a oferta menor. Como o preço foi baixo no ano passado, caiu a capacidade de plantio pelos produtores. Com colheita menor, preços sobem. Além disso, tradicionalmente, em outubro, ocorre o pico de entressafra.
— A safra no Estado é forte entre dezembro e janeiro. O Rio Grande do Sul também costuma importar da Argentina, mas chega por volta de março. Agora, estamos no final da safra de Minas Gerais e São Paulo, e a safra gaúcha e a de Santa Catarina começam em novembro. Então tem, tradicionalmente, menos oferta em outubro — detalha Paulus.
Há, ainda, a pressão do frete. Mesmo com reduções recentes, o diesel segue alto e impacta o custo final, principalmente da cebola que está vindo do Sudeste ou até mesmo do Nordeste. Para fechar, Paulus observa que o frio está se prolongando, o que tende a atrasar a safra no Sul. De qualquer forma, ela deve entrar no mercado a partir da primeira quinzena de novembro, garantindo, ao menos, uma estabilidade de preços.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna
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