Chegou a época da discussão anual sobre a volta ou não do horário de verão, extinto em 2019 pelo então recém eleito presidente Jair Bolsonaro. No ano passado, o setor de serviços se rasgou pedindo a volta, dizendo que seria importante para a retomada após as restrições da pandemia. O posicionamento do Ministério de Minas e Energia foi de que a mudança no perfil de consumo não gera mais economia. Um exemplo é a ampliação do uso de ar condicionado, especialmente nas residências, que ficariam ligados por mais tempo.
Só que, neste ano, a geração de energia solar deu um salto no país, com a alta da conta de luz e a proximidade do fim da isenção para uso da rede elétrica. Em tese, quem tem o sistema instalado geraria energia nos horários de pico de consumo. Esse seria um dos fatores que provocaram a discussão deste ano.
Agora, foi pedido novo estudo ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em geral, ele é adotado em outubro. Ou seja, está em cima do laço, o que aumenta as apostas de que seria inviável retomá-lo agora. Porém, uma decisão do presidente pode mudar isso.
A coluna até questionou o Ministério da Energia nesta quinta-feira (8) sobre se estava descartado o horário de verão para este ano. A pergunta não foi respondida. Em uma pequena nota, apenas repete que "é realizada constantemente a avaliação técnica das melhores medidas disponíveis, de acordo com o contexto energético vigente, a fim de manter a segurança energética e a modicidade tarifária ao consumidor brasileiro." Porém, foi retirada a parte que dizia que ainda não havia definição, presente em notas anteriores.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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