A Petrobras anunciou mais um corte no preço do gás de cozinha a partir desta sexta-feira (23). É a segunda redução só no mês de setembro. Desta vez, será uma queda de R$ 0,24 por quilo para as distribuidoras. No botijão de 13 quilos, o mais tradicional nas cozinhas, o preço deve cair uma média de R$ 3,15.
"Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio." - diz comunicado da Petrobras.
No dia 12, a Estatal já tinha reduzido em R$ 0,20 o preço do quilo para as distribuidoras. Com isso, só em setembro, já foram reduzidos R$ 0,44, compensando parte do aumento tradicional no mês, quando acontecem os reajustes de preços no varejo. As distribuidoras vinham anunciando aumentos de R$ 4,35 e R$ 6 nas tabelas. Eles ocorrem em função dos reajustes nos salários dos empregados, cuja data base cai neste mês, segundo o Sindicato dos Revendedores de Gases em Geral do Rio Grande do Sul (Singasul).
Pelo cálculo da Petrobras, 13 quilos vendidos pela estatal ao distribuidor sairão por R$ 49,19 pelo novo preço. Depois, tem o acréscimo dos tributos federais e estaduais, além dos custos e da margem das distribuidoras e das revendas.
Para o consumidor gaúcho, segundo a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), feita na semana passada, o botijão estava sendo vendido em média a R$ 114,48. Os preços encontrados variavam de R$ 93 a R$ 142.
O gás de cozinha pesa no cálculo da inflação. Isso porque reflete a influência que tem no orçamento das famílias, principalmente aquelas de baixa renda. Em 2022, o item acumula alta de 7,3% para o consumidor da região metropolitana de Porto Alegre, segundo o IBGE. É quase o dobro da inflação geral do período. Desde o início da pandemia, o aumento é de 60%, o triplo da inflação.
O tema também foi o assunto do podcast Nossa Economia, de GZH, nesta semana. A coluna conversou com o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, sobre a tendência de preços. Confira:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna
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