A movimentação do turismo no Rio Grande do Sul está 9,8% acima de fevereiro de 2020, antes da pandemia. O dado de maio, último divulgado pelo IBGE, apontou expansão de 3,9% sobre abril. O Estado está com um dos melhores resultados entre os 12 locais pesquisados pelo instituto no país.
Na média nacional, a receita do turismo também atingiu o patamar pré-pandemia. O resultado positivo, em plena baixa temporada, levou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a revisar a expectativa de crescimento anual de 2,8% para 3,5%. Lembrando que o setor foi, se não o mais, um dos mais afetados pela pandemia. Agora, tem "surfado" bastante na vontade de viajar que ficou represada nos consumidores.
- A reação das atividades que compõem o turismo tem se mostrado consistente e compatível com o fim do isolamento social da população. O fato de mais de 85% da população acima de cinco anos estar vacinada reduz significativamente a possibilidade de novas medidas restritivas - analisa o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.
Em levantamento para a coluna, a CNC calcula que o turismo gaúcho deixou de faturar R$ 29,2 bilhões de março de 2020 a abril de 2022. São mais 600 mil empresas com atividades típicas do setor.
Nos seis primeiros meses da pandemia, a queda abrupta da atividade levou o turismo a eliminar 33,2 mil empregos formais – um encolhimento de 22% da força de trabalho. Na trajetória de recuperação, foram recriadas 10,2 mil das vagas, com destaque para bares e restaurantes e serviços de hospedagem. Já o transporte rodoviário ainda acumula empregos extintos.
Coluna: Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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