Já tem posto vendendo gasolina comum por menos de R$ 6 no Rio Grande do Sul. A última vez que a pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP) identificou preço mínimo abaixo deste patamar foi no levantamento divulgado em 12 de março, quando a Petrobras fez o primeiro reajuste após a Rússia ter invadido a Ucrânia, o que fez o petróleo disparar no mercado internacional.
Ouvintes da Rádio Gaúcha relatam valores bem próximos de R$ 5. A coluna verificou o litro a R$ 5,69 em um estabelecimento de Carazinho. A tendência é de que caia ainda mais nos próximos dias. Há mais de uma semana, o preço começou a cair porque foram zerados, até dezembro de 2022, os impostos federais Cide e Pis/Cofins. Agora, também começa a chegar o efeito do corte no ICMS de 25% para 17%, determinado pela mesma lei, à qual o governo gaúcho aderiu na última sexta-feira (1º). Além disso, o preço-base para cálculo do tributo também foi reduzido. Em quanto chegará a redução total na gasolina com as medidas? No melhor dos cenários, pode atingir R$ 1,50 no decorrer das semanas.
Também começam os relatos de redução de preço do GNV (gás natural veicular). De última hora, o combustível também entrou na lei que isentou até o final do ano os impostos federais. A distribuidora do Rio Grande do Sul, Sulgás, informa que deixou de recolher R$ 0,40 em tributos, o que está sendo repassado aos clientes para pedidos faturados após 23 de junho. O governo gaúcho também manteve congelado o preço de pauta do ICMS para o GNV por mais 30 dias. Não houve redução de alíquota porque ela já é de 12%, abaixo da geral do Estado. Há, porém, uma revisão de tarifa em tramitação. Veja a tendência: Impostos zerados reduzem o GNV em R$ 0,40 na distribuidora
Já o diesel está frustrando os motoristas. Na semana passada, o governo gaúcho informou redução do preço para cálculo do ICMS para a média dos últimos cinco anos, o que levaria ao pagamento de até R$ 0,12 a menos. A alíquota ficou mantida em 12%. Sindicato que representa os postos, o Sulpetro alerta, no entanto, que há uma legislação que desconsidera esse preço de pauta se ele ficar menor do que o de produção, na refinaria. Como é o que está acontecendo, com os preços de agora, a redução é pequena ou até nenhuma. Secretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira informa que o cálculo de substituição tributária é nacional. Diz que o que o Estado pode fazer é retirá-la, mas, neste caso, os postos teriam de recolher pelo preço de venda na bomba.
Enquanto isso, o litro do diesel está mais caro do que o da gasolina. Na última pesquisa da ANP, a média da gasolina comum estava a R$ 6,82. Já a do diesel bateu R$ 7,40 e o tipo S10, R$ 7,45.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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