O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Quinze empresas gaúchas passaram pelo processo de fusão ou aquisição, o chamado "M&A", no primeiro trimestre do ano. É uma queda de 37,5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando 24 companhias gaúchas efetuaram essa negociação. Os dados fazem parte de um levantamento da consultoria KPMG enviado em primeira mão à coluna.
As fusões e aquisições são duas alternativas que as empresas utilizam para expandir suas operações pelo país. A pesquisa da KPMG analisa 43 setores da economia brasileira. Pelo país, os negócios que mais passaram pelo processo de compra e fusão no primeiro trimestre foram os de internet, como provedores e operadores. É uma liderança que já vem do ano passado, e que deve continuar. Recentemente, inclusive, a coluna noticiou que a gaúcha Brasil Tecpar buscará R$ 200 milhões para novas aquisições.
— A gente tem já umas três ou quatro [aquisições] que acredito que devam acontecer em 2022. E viemos fazendo operações maiores, que fazem mais sentidos. São movimentos que, em quantidade, são menores, mas em volume de clientes e de negócios, são maiores. Devemos dobrar o volume de negócios da companhia — contou em entrevista ao programa Acerto de Contas (domingo, às 6h, na Rádio Gaúcha) o CEO da empresa, Gustavo Stock.
Apesar da queda no trimestre, João Panceri, sócio de mercados regionais da KPMG no Brasil acredita que deve crescer o número de aquisições e funções nos próximos meses, acompanhando a tendência nacional — no país como um todo, esse tipo de negociação aumentou quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em 2021, 78 empresas gaúchas passaram pelo processo de negociação e aquisição. Na região Sul, o destaque foi para o Paraná, que teve 121 transações nessa linha. Agora no primeiro trimestre do ano, a liderança regional ficou com Santa Catarina, que teve 20 negociações. Já o estado paranaense registrou 14 operações.
— Se, no ano passado, o protagonismo paranaense era evidente, o que se percebe agora é que as operações de fusões e aquisições estão mais distribuídas entre os estados da região Sul — conclui Panceri.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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