Empresa com sede em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, o Grupo Fasa foi vendido por R$ 2,8 bilhões para a gigante Darling Ingredients, dos Estados Unidos. O comunicado ao mercado foi feito pela norte-americana. A empresa gaúcha ainda não está falando sobre a operação.
A Fasa, assim com a Darling, trabalha com reciclagem de subprodutos de origem animal. A empresa gaúcha tem 15 fábricas pelo Brasil para processamento dos resíduos. Já a compradora tem 250 plantas industriais em 17 países.
A Darling usará a aquisição para tornar-se líder mundial no fornecimento de resíduos de gorduras e óleos que serão usados em diesel renovável. É uma aposta mundial de alternativa do diesel de origem fóssil, feito a partir do petróleo. O tipo renovável pode ter diversas matérias-primas, de grãos e gordura animal.
— O Brasil é líder no crescimento global de commodities agrícolas e espera-se que assuma um papel maior na produção mundial de carne, tornando-se um local privilegiado para o crescimento do processamento — diz Randall C. Stuewe , CEO da Darling Ingredients.
O Grupo Fasa conta hoje com 2,4 mil funcionários e processa mais de 1,3 milhão de toneladas métricas de resíduos por ano. Das 15 operações que tem no Brasil, cinco ficam no Rio Grande do Sul — três em Cruzeiro do Sul, uma em Capela da Santana e uma em Nova Bréscia. A Darling reaproveita 10% dos resíduos da indústria global de carnes em produtos de valor agregado, como energia verde e diesel renovável.
História da Fasa
O Grupo FASA foi criado em dezembro de 2010 pela sociedade de dois grupos do setor de reciclagem de subprodutos de origem animal, sendo estes: o Grupo FAROS do Brasil — fundado em 1983 no município de Cruzeiro do Sul — e o Grupo SAPI da Itália. Depois, em 2016, ingressou ao grupo a chilena Corpesca. Em 2020, a empresa brasileira Oleoplan, uma das maiores indústrias do setor de processamento de soja e produção de biodiesel, também passou a fazer parte da companhia.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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