Nomeado para uma análise prévia, o escritório Brizola e Japur Administração Judicial sugere que seja autorizado o pedido de recuperação judicial da Rabusch, tradicional rede gaúcha de moda feminina. Conforme a perícia, portanto, a empresa tem viabilidade para manter a geração de empregos, renda, tributos e circulação de riquezas na economia.
Sócio do escritório, José Paulo Japur enfatiza que é um procedimento chamado de constatação prévia. A decisão de autorizar ou não o pedido de recuperação judicial cabe ao Judiciário.
- Essa fase preliminar é uma novidade, surgiu com a reforma da Lei de Falência no ano passado. Mas a perita opina. A juíza decide - esclarece o advogado.
Se a Justiça autorizar, a Rabusch terá que apresentar um plano de reestruturação, que precisará ser aprovado pelos credores. Com 30 lojas, a empresa recorreu ao mecanismo para conseguiu fôlego para negociar, principalmente, com administradoras de shoppings onde opera, disse à coluna o presidente da rede, Alcides Debus. O endividamento é de R$ 23 milhões com 55 credores. Relembre: Com 30 lojas, rede de moda criada há 35 anos pede recuperação judicial
Ainda na análise, o escritório Brizola Japur sugeriu que a Rabusch complete a documentação, com, por exemplo, certidões dos cartórios de protestos de onde possui filiais, além de corrigir algumas inconsistências contábeis, como a relação de credores que aparece na petição inicial e a que está na contabilidade. Um fato importante nesta etapa do processo é que não foram observados indícios de fraudes ou crimes falimentares que poderiam comprometer a recuperação judicial.
- A equipe técnica da perita fez “cliente oculto” em todas as filiais e observou que não há, por exemplo, desvio de faturamento - diz José Paulo Japur.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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