Lembram da falta de chips no mundo todo ao longo de 2021, que provocou falta de celulares até da Apple e disparada nos preços dos veículos (aumentando, inclusive, o IPVA)? Aqui no Rio Grande do Sul, a fábrica da General Motors (GM) ficou parada por até cinco meses seguidos com dificuldade de fornecimento dos semicondutores. A expectativa era de que esse mercado se normalizasse ao longo de 2022, mas a guerra no leste europeu afeta essa previsão.
A Rússia fornece 40% do consumo mundial de paládio, uma commodity metálica nobre usada para fabricar chips e que custa cerca de US$ 3 mil a onça, mais caro do que o ouro, em US$ 2 mil. Em especial, sensores e componentes de memória. Desde o início do ano, o aumento na cotação do paládio supera 60%. Ontem, subiu ainda mais quando o Kremlin disse que suspenderá exportações de matérias-primas em resposta ao embargo dos Estados Unidos ao petróleo russo. Não foi dado prazo e nem detalhados os itens, o que a Rússia disse ainda estar sendo definido.
O desafio da guerra aos chips não se restringe à Rússia. A Ucrânia também tem uma indústria forte que trabalha o neônio usado nos semicondutores. Ele é fundamental para os lasers.
Além de suspender produção e faltar produtos, a escassez provoca aumento nos preços, que são repassados em cascata na cadeia econômica.
Em tempo, a coluna sabe que, mais do que os prejuízos econômicos, o estrago maior de uma guerra é humanitário.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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