A incerteza do petróleo provoca desajustes na cadeia de combustíveis. Petrobras não repassa reajustes, apesar da defasagem com o Exterior rondar 50% para diesel e gasolina. Governo federal não quer aumento agora, nem parcial, e tenta tirar uma medida da cartola, do congelamento de preços a subsídios, mas avalia que estragos ela poderá trazer.
Com preço mais baixo aqui e prestes a subir, distribuidoras aumentam encomenda, fazendo Petrobras limitar cotas. Empresas privadas, como a Refinaria Riograndense, já sobem preços, com combustíveis custando até R$ 0,40 mais do que na estatal.
- Ainda não há desabastecimento, mas está cada vez mais difícil conseguir produtos. O governo está em situação complicada, pois qualquer medida terá consequências. A conta virá agora via preços e inflação, ou mais tarde, via tributos, deslocamento de verbas, falta de produtos - avalia João Carlos Dal'Aqua, presidente do Sulpetro, sindicato que representa os postos.
O desafio é administrar estoques enquanto não se tem uma definição. Para o executivo o governo precisa decidir logo o que vai fazer. O mercado está nervoso.
- Ou se mantém a PPI (política de paridade de importação), que entendemos como importante, mas talvez adotando alguma medida emergencial e temporária. Ou definindo qual modelo deveremos seguir. São políticas de governo em jogo.
Entrevista ao Gaúcha Atualidade sobre o assunto:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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