O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
A coluna já trouxe aqui que o advogado gaúcho especialista em Direito do Trabalho, Flávio Obino Filho, tem outra paixão: o azeite de oliva. Ele e a esposa Ana viajavam pelo mundo provando azeites, até que decidiu plantar seu próprio pomar, que conta com 2 mil oliveiras em Sentinela do Sul. No ano passado, 600 já estavam dando frutos, e ele conseguiu produzir mil garrafas de azeite da marca Capela de Santa. Neste ano, a previsão é quadruplicar a produção, chegando a 4 mil garrafas.
— O meu pomar é novo, há uma tendência natural de produzir mais a cada safra. Neste ano, várias árvores estão na primeira colheita. Além disso, as que já foram colhidas no ano passado estão mais maduras e produzindo mais — destaca Obino, que também é vice-presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva).
Das 2 mil oliveiras plantadas, a expectativa é que cerca de 1,2 mil já deem frutos agora na safra de 2022. Ao todo, Obino espera colher cerca de oito toneladas de azeitonas. Depois, ele mandará para processamento externo na Estância das Oliveiras, em Viamão. É lá também que ocorrerá o evento de abertura da colheita no Estado, no início de março.
Falando da colheita em solo gaúcho, as boas condições na plantação de Obino se refletem na produção como um todo no Rio Grande do Sul. Para o advogado, o Estado terá safra recorde em 2022, puxada pelas condições favoráveis que o Estado teve ao longo do ano, como um bom inverno e floração, mas também pelo aumento na área plantada.
— Vários pomares estão produzindo neste ano pela primeira vez. Além disso, estão mais maduros. O Ibraoliva não faz previsão de quanto nós colheremos, eu sou dos que estão colhendo mais cedo. Mas não tenho duvidas que teremos recorde.
Outra curiosidade sobre este ano é que há mais variedades que "vingaram". No pomar de Obino, são cinco, como a picual, que tem origem na Espanha. Aliás, a picual veio em grande volume neste ano, o que poderá, até, mudar o gosto do azeite.
— Ano passado, a picual representava pouco na mistura do azeite. Agora, ela vai ter uma quantidade maior. Isso muda até o gosto. Como todo ano as variedades são diferentes, é esse o motivo pelo qual todo ano muda o gosto. Ganha no gosto, sabor.
Relembre quando a coluna contou a história de Obino e sua paixão por azeite: A paixão de um advogado: um pomar de 2 mil oliveiras para produzir azeite gaúcho
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo de GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.