Advogado gaúcho especialista em Direito do Trabalho, Flávio Obino Filho tem outra paixão: o azeite de oliva. E compartilha ela com a esposa Ana. Os dois viajavam pelo mundo todo provando azeites e, quando foram ao Uruguai, desconfiaram que o Rio Grande do Sul também teria capacidade de gerar um produto de qualidade. Afinal, fica tão perto.
- Um tempo depois, fui na abertura de uma colheita a menos de 10 quilômetros da nossa propriedade (em Sentinela do Sul) e adorei - lembra o advogado, que atua com diversas empresas e entidades setoriais no Estado.
Segundo Obino, a produção começou como uma brincadeira. Foram comprados enxertos de oliveiras. Em pouco mais de dois anos, as árvores começaram a produzir. Com processamento terceirizado, o azeite extravirgem foi batizado de Capela de Santana.
Atualmente, o pomar tem 2 mil oliveiras. Dessas, 600 já estão produzindo. Em 2021, a safra foi de 2,5 toneladas de azeitonas, o suficiente para produzir 250 litros de azeite. Quando todas as árvores estiverem adultas, a expectativa é atingir 40 toneladas de frutos.
- A produção ainda é pequena. Parte fica para consumo próprio e para presentear. Outra parte é vendida a empórios.
A paixão de Obino é tanta que ele assumiu a vice-presidência do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva). Aliás, ele leva o azeite gaúcho para ser degustado em regiões já tradicionais na produção.
- E não acreditam que é produzido no Brasil! Aliás, o nosso é parecido com o da África do Sul. Mas é importante lembrar que a mesma oliveira pode gerar um azeite muito diferente, dependendo de quando é feita a colheita.
O Haras Capela de Santana fica a cem quilômetros de Porto Alegre. A primeira colheita ocorreu no verão de 2019. No máximo 12 horas depois de colhidas, as azeitonas são transformadas no azeite. Cada tonelada do fruto garante um pouco mais de 100 litros.
- Os olivais, o azeite, como sempre foram os cavalos puro sangue inglês da nossa criação, são parte de nós, da família Garbin Obino - finaliza o advogado.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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