Para a maioria dos moradores da Região Sul, a alta da inflação está impactando o consumo de alimentos. A resposta foi dada por 67% dos entrevistados pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). O percentual fica pouco abaixo da média nacional, de 70%. Mesmo que não seja o item com maior elevação de preço, mexer no consumo de comida acaba sendo a saída, já que despesas que subiram demais, como luz e gás, são difíceis de cortar.
Em segundo lugar, apareceu o preço do combustível, citado por 55% das pessoas na pesquisa Radar Febraban, bem acima da média nacional (42%). Segundo o IBGE, apesar das recentes reduções, a gasolina ainda acumula alta de cerca de 50% nos últimos 12 meses na região metropolitana de Porto Alegre.
Aspectos da vida onde a inflação está impactando mais no Sul:
Consumo de alimentos: 67%
Combustíveis: 55%
Pagamento de serviços de saúde e remédios: 17%
Juros do cartão de crédito, financiamento e empréstimo: 7%
Pagamento de serviços de educação: 4%
Planos de compra de veículos e imóveis: 4%
Valor da passagem do transporte público: 2%
Compra de móveis e eletrodomésticos: 1%
Planos de viagem: 1%
Ainda conforme o levantamento, em caso de melhora da situação financeira e de sobra de recursos do orçamento doméstico, os moradores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná planejam usar o dinheiro para comprar imóvel (34%) e reformar a casa (21%).
Expectativa de gasto se sobrar dinheiro:
Comprar imóvel: 34%
Reformar a casa: 21%
Aplicar em outros investimentos bancários: 19%
Fazer cursos para melhorar a educação: 17%
Fazer ou melhorar o plano de saúde: 16%
Viajar: 15%
Aplicar na poupança: 14%
Comprar carro: 6%
Comprar moto: 2%
Comprar eletroeletrônicos: 2%
- A pesquisa mostra que a percepção sobre a inflação tem peso relevante pelo impacto direto no poder de compra e na qualidade de vida da população, mas por outro lado, sugere ainda que o desejo dos consumidores em comprar imóvel em 2022 pode animar o setor imobiliário no próximo ano - aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa.
A pesquisa da Febraban foi realizada de 19 a 27 de novembro. Foram 3 mil entrevistados em todas as cinco regiões do país.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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