Em alta desde o final de 2019 e com aumento acumulado de 26% só nos últimos 12 meses para o consumidor gaúcho, o preço da carne pode subir mais com a estiagem. A falta de chuva afeta os animais, reduzindo o alimento do gado. Por enquanto, o efeito ainda não é sentido pelo consumidor, mas já preocupa o campo. "A estiagem está dramática", diz o coordenador do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro), da UFRGS, Júlio Barcellos. Mas ele afirma que, por enquanto, não há chance de aumento no preço do boi pago pelo frigorífico ao pecuarista.
- Que é o passo para aumentar a carne no varejo. Isso porque o consumo continua baixo, a economia não reage.
A coluna já tinha informado que o gaúcho reduziu a sua média de consumo de carne bovina em oito quilos. Isso representa uma queda superior a 20%, considerando a queda de uma quantidade média ao ano de 38 quilos, em 2018, para 30 quilos, em 2021 por pessoa.
Porém, a estiagem poderá provocar aumento a partir da segunda quinzena de janeiro, projeta o professor, caso continue o cenário de seca. Ele se somará à retomada das exportações para a China.
- Que podem causar uma escassez de animais para abate. Isso produz aumento no preço do boi e, aí sim, repasse ao varejo.
No caso do leite, ainda não tem essa projeção. O preço vem caindo ao produtor há oito semanas e, também, para o consumidor.
- Este segue uma política de fixação de preços pago pela indústria e, no momento, estão discutindo a sua formação, com algumas entidades se retirando do Conseleite. Não deve haver mudanças nos preços no curto prazo - complementar o coordenador do Nespro.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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