Desde que o preço da carne bovina começou a subir, em 2019, o gaúcho reduziu a sua média de consumo em oito quilos. Isso representa uma queda superior a 20%, considerando a queda de uma quantidade média ao ano de 38 quilos, em 2018, para 30 quilos, em 2021 por pessoa.
No país, a queda foi ainda mais intensa. Passou de 38 para 26 quilos. Ou seja, uma redução que supera 30%. O levantamento é do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro), da UFRGS.
Coordenador do Nespro, o professor Júlio Barcellos lembra que a elasticidade da renda do consumidor sempre tem um efeito grande sobre o consumo de carne bovina. Observa, ainda, que a alta de preços no campo teve repasse semelhante ao consumidor em 2021, diferente de anos anteriores.
- É um sinal muito claro do empobrecimento do consumidor e da redução no consumo, sem margem para ganhos adicionais no varejo, como quando o consumo é elevado. A carne bovina tem um efeito elasticidade-renda brutal.
E porque o consumo cai menos no Rio Grande do Sul:
- O gaúcho sempre consumiu um pouco mais do que a média brasileira, por hábitos regionais e uma renda per capita maior. A cultura do gaúcho é um pouco mais "carnívora".
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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