Em meio a anúncios de investimentos, a gigante alemã de ferramentas motorizadas Stihl também enfrenta desafios do cenário econômico mundial e local. Confira trechos da entrevista do vice-presidente de Administração e Finanças Cleomar Prunzel ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha:
Além do uso da energia solar, como a Stihl está lidando com o aumento de custos?
Temos discutido todos os dias os impactos nas nossas matérias-primas. Era algo que imaginávamos que fosse só local, mas é global. Os preços estão aumentando em dólar, e, como o real desvalorizou 30% no último ano em relação ao dólar, o impacto é significativo. Nossa grande preocupação é com as nossas principais matérias-primas: o aço, que acredito que subiu mais de 100%; o alumínio, 50%; e o magnésio, em torno de 40%. Então, nos atinge de forma significativa, e a Stihl, de certa forma, tem que repassar para seus preços.
Como a empresa está sentindo a crise logística mundial?
Tivermos que fechar nossa montagem por falta de componentes em determinados momentos. Essa falta vem, principalmente, de itens importados. Compramos um grande número de componentes da China e da Europa. Há uma falta de contêineres e de navios, e o nosso porto de Rio Grande não é tão atrativo para os embarcadores. Muitas vezes, com nossas cargas que vêm no roteiro Santos - Rio Grande - Buenos Aires, os navios não param em Rio Grande e seguem diretamente para Buenos Aires. Isso tem feito com que tenhamos grandes dificuldades na cadeia de fornecimentos.
Cogita-se transferir parte da logística para portos de Santa Catarina?
Bem, Santa Catarina é uma das alternativas. Outra é o Porto de Santos, mas lembrando que, caso importe de lá, teremos um impacto de frete maior e também de carga tributária. De alguma forma, já estamos usando esses dois portos como alternativa.
Ouça a entrevista completa:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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