Com quatro hipermercados no Rio Grande do Sul e significativo avanço na venda online de alimentos, o Carrefour decidiu congelar os preços dos seus produtos de marca própria até o dia 10 de janeiro de 2022. A ação inclui itens essenciais como arroz, feijão, macarrão, leite, pães, fraldas, produtos de higiene, além de proteínas animais, frutas, legumes e vegetais. Nas prateleiras, eles aparecem com as marcas Carrefour, Viver, Carrefour Bio, Veggie, Mercado, entre outras. São vendidos também pelo e-commerce da empresa. No total, são cerca de 4 mil itens, que representam quase um quinto da venda total da empresa.
A medida tomada pelo Carrefour ocorre em meio a uma alta da inflação. Os preços dos alimentos, vilões no ano passado, estão, agora, "perdendo" para gastos difíceis de driblar, como energia elétrica e combustíveis. As elevações estão comprometendo a renda da população - especialmente, a mais pobre - em meio a um contexto de desemprego ainda alto. Além disso, está prevista uma nova rodada de aumento de preços de alimentos, com elevações fortes de insumos, como fertilizantes, embalagens e com logística.
Em tempo, marcas próprias são uma opção adotada por grandes e médios varejos de alimentos já há alguns anos. Em diversos casos, são produzidos por fábricas de marcas tradicionais. Há redes, inclusive, que buscam fornecedores locais, estimulando a produção regional. Não raro ficam entre as opções com preços mais baixos nas gôndolas.
Empresa francesa, o Carrefour está em processo de compra do Grupo BIG, dono, por exemplo, do Nacional e do BIG. Anunciada ainda no primeiro trimestre de 2021, a operação está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No Rio Grande do Sul, a marca tem lojas em Porto Alegre, Santa Maria, Gravataí e Canoas. O grupo também é dono do Atacadão, que tem diversos atacarejos no Estado e absorveu, recentemente, unidades do Makro.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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