Morreu aos 90 anos o empresário Adelino Colombo. Ele estava internado há uma semana no hospital São Francisco, da Santa Casa de Porto Alegre. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Ele deixou a esposa, Ruth Colombo, quatro filhos, 10 netos e dois bisnetos.
O empresário será velado na Capela A do Memorial São José de Farroupilha. O sepultamento está marcado para as 11h deste sábado (16) no Cemitério Público Municipal de Farroupilha. O serviço será restrito aos familiares e amigos próximos por causa da pandemia. Em luto, todas as 305 filiais da Lojas Colombo ficarão fechadas durante a tarde desta sexta-feira, assim como o centro administrativo. Serão reabertas neste sábado.
Nascido em 1930 em Nova Milano, Adelino Colombo é um dos empresários mais conhecidos do Rio Grande do Sul. Foi o fundador da Lojas Colombo, rede de varejo com sede em Farroupilha, na serra gaúcha, criada há 61 anos. A empresa tem, atualmente, 4 mil funcionários.
Empresários de diversos setores já enviam à coluna mensagens lamentando a notícia. Ao longo da trajetória, participou de entidades de varejo. A coluna teve contato com o "seu Adelino" em diversas oportunidades, mas recorda de um painel sobre comércio no qual ele disse ao público formado de lojistas que não podiam deixar filas longas nos caixas. Comentou que, para o consumidor, a hora do pagamento já não era agradável. Então, deixá-lo em longas esperas gerava insatisfação ainda maior, o que deveria ser evitado.
Isso representa as dicas práticas e "barriga no balcão" que muitos empresários sempre buscavam na experiência do empresário. A expressão é muito usada no varejo por sinalizar aprendizados que são adquiridos atendendo clientes no ambiente da própria loja e não em escritórios longe do ponto de venda. Um leitor da coluna conta ter ouvido dele certa vez que a melhor faculdade que fez foi "ABL", ou seja, Atrás do Balcão da Loja.
Nota enviada pela empresa:
"É com muito pesar e imensa tristeza que o Grupo Colombo comunica o falecimento do seu fundador e presidente do Conselho Administrativo, Adelino Colombo, aos 90 anos.
Nesta sexta-feira, 15 de outubro, por volta 11h40mim, faleceu, aos 90 anos, o empresário, fundador da Lojas Colombo, Adelino Colombo. Ele estava internado no Hospital São Francisco, no complexo da Santa Casa, em Porto Alegre.
Deixa a esposa, Ruth Colombo, quatro filhos, 10 netos e dois bisnetos. Nascido em Nova Milano, em 1930, guiado pela intuição e pelo talento para os negócios, fundou a Lojas Colombo há 61 anos, na cidade de Farroupilha (RS). Hoje, a maior rede de eletromóveis do Sul e a 10ª do País, com 305 lojas e mais de 4 mil funcionários. Seu Adelino, como era carinhosamente chamado, trabalhou até seus últimos dias, comparecendo a compromissos, como presidente do Conselho Administrativo da empresa. No cargo de vice-presidente, está o seu neto, Eduardo Colombo, que foi preparado pelo avô desde criança para liderar. A Lojas Colombo funde-se com a biografia de Adelino Colombo, que, na vida privada gostava de pescar, caçar, viajar e dos almoços de domingo, quando reunia a família. No início de sua jornada, Adelino ia de porta em porta para vender televisores, uma novidade para as famílias, que ficavam com o aparelho por uns dias para testá-los. Participou ativamente de entidades associativas e do Rotary Internacional.
Adelino Colombo sempre atribuiu ao relacionamento próximo com colaboradores o principal marco de sua trajetória de sucesso e empreendedorismo. Quando questionado sobre seu legado, certa vez, declarou: “Cresceu na vida através do próprio esforço, cumpriu todos os seus compromissos e respeitou as pessoas”.
Com persistência, construiu o Grupo Colombo, composto pelas lojas de eletromóveis e pelas empresas Crediare; ColomboCred, especializada em empréstimos; Colombo Motors; Colombo Consórcios; Colombo Casa Pet; Feirão de Móveis; e a Colombo Tech, desenvolvedora de soluções de software para varejo em nível nacional."
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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