A discussão sobre a volta do horário de verão agora está mais econômica. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já revisou o estudo e avisou ao governo federal de que a economia de energia seria praticamente nula, porém isso significa que ele também não atrapalha. Ou seja, não tem elevação de consumo de luz. Com isso, há espaço para que o governo federal atenda aos pedidos das entidades empresariais.
Para a colunista aqui, pessoalmente, tanto faz. Mas se for para ajudar o comércio a se recuperar da sangria provocada pela pandemia nos negócios, que o horário de verão volte logo, então. Há uma expectativa de que um anúncio possa sair ainda nesta semana, no caso de o governo federal topar a volta, que, por sua vez, poderia ocorrer em outubro. O presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer publicamente no início de agosto que, se a maioria quisesse, o mecanismo seria retomado. Foi no início do governo dele que houve a extinção.
Enquanto isso, o Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA) divulgou na semana passada um comunicado pedindo a volta. Nesta terça-feira (28), o presidente Paulo Roberto Kruse reforçou no programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, que acredita até na possibilidade de economia de energia porque as pessoas ficariam mais na rua. Ouça:
A colunista também faz parte de um grupo de lojistas no WhatsApp e perguntou o que eles achavam do horário de verão. Veja as justificativas:
Carlos Schmaedecke (diretor do Sindilojas POA e da CDL POA):
"Um fator importante do horário de verão é o humor das pessoas, que melhora porque elas têm aparentemente um pouquinho mais de folga no final do dia. E o bom humor das pessoas reflete no bom humor do mercado também. Fatores psicológicos são tão relevantes quanto os fatores econômicos."
Jamila fantuzzi vergara (Loja Energy, em São Jerônimo, Butiá e Charqueadas):
"Como minhas lojas são de rua, conseguimos ficar com horário estendido até mais tarde."
Juliana Schneider Guterres (Meia e Cia, em Canoas):
"Sou a favor também. Por razões na pessoa física e jurídica. Na jurídica: por ter loja de rua, quanto mais claro segue o dia, mais movimento tem na rua. A gente até não fecha mais tarde, mas tem mais gente circulando no centro. Na pessoa física, a gente sai do trabalho com a impressão de que ainda tem dia pra aproveitar. Aí já aproveita pra consumir na vizinhança também"
Bernard Moreno Bolacell (For Men, São Luíz Gonzaga):
"Sou a favor. Movimento da rua fica até mais tarde, praças e bares com mais movimento. O dia se aproveita bem mais."
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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