Para quem está (feliz ou não) com o relógio a postos, saiba que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já entregou ao Ministério de Minas e Energia o estudo solicitado há dois meses sobre o impacto do horário de verão. Ele confirma o que a preliminar da análise apontou, de que a economia de energia é praticamente nula. Não ajuda, mas também não atrapalha. Isso abre espaço para o governo retomar o horário de verão se quiser atender ao pedido do comércio, beneficiado pela hora a mais de luz do dia.
Foi bem no início de agosto quando o presidente Jair Bolsonaro sinalizou repensar a decisão do seu governo que terminou com o mecanismo em 2019. Após o setor de comércio e turismo dizer que a uma hora a mais de dia ajudaria na retomada econômica após a pandemia, ele disse que se a maioria quisesse, o horário de verão voltaria.
Ainda em julho, o governo tinha pedido novos estudos ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) com uma reavaliação sobre o impacto do horário de verão no consumo de energia. Isso porque os hábitos de consumo mudaram. Se antes o brasileiro deixava para acender as luzes de casa mais tarde, hoje ele mantém o ar-condicionado ligado por mais tempo.
Há pouco mais de um mês, o presidente do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, antecipou que os resultados preliminares dessa revisão apontavam para uma economia quase nula de energia. No entanto, disse entender que é uma decisão de política pública, podendo ser tomada para atender outros segmentos da economia.
Agora, o estudo finalizado aponta o mesmo argumento usado pelo governo em 2019 para acabar com o horário de verão: a mudança no relógio não traz economia de energia. Por isso, ele não faz uma recomendação de retorno ou de rejeição da ideia. Ao Estadão/Broadcast, o presidente do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, disse que o efeito é neutro: “Do ponto de vista de ponta ajuda com o deslocamento da mesma, mas não atenua tanto assim. Sendo assim, para o setor elétrico ajuda pouco, e é claro, não atrapalha.”
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe:
Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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