É a partir de um hangar no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que a Uniair gerencia voos que transportam pessoas hospitalizadas entre unidades de saúde pelo Estado e pelo Brasil. A empresa foi criada em 1997 para transporte aeromédico de beneficiários de um plano de saúde, mas com o tempo, expandiu para transportes particulares, voos executivos e captação de órgãos.
- O transporte normalmente ocorre de um hospital com menos recurso para um hospital de maior recurso. As aeronaves de nossa frota foram escolhidas justamente pela versatilidade para operar em pistas relativamente curtas, não pavimentadas, como as que encontramos no interior do nosso Estado - conta Bruna Cavalheiro Pereira, gestora comercial da empresa.
Cada uma das três aeronaves tem equipamentos médicos que a transformam em uma UTI aérea, explica Bruna. O cuidado é feito de leito a leito, com ambulâncias para apoio na origem e no destino. A equipe a bordo tem médico, enfermeiro, piloto, paciente e até dois acompanhantes da família. Além dos aviões, a Uniair também tem dois helicópteros.
- Ligamos Uruguaiana a Porto Alegre em 1h20min, Santa Rosa a Porto Alegre em 1h, Bagé a Porto Alegre em 50 minutos em aeronaves totalmente equipadas como uma UTI, só que no ar.
O custo para incluir o serviço aéreo no convênio de saúde varia conforme o plano do cliente. Para contratações particulares, o cálculo é feito pelo quilômetro voado. Como exemplo, a empresa cita um voo aeromédico de Uruguaiana a Porto Alegre, que custa R$ 35 mil.
Trabalho durante a pandemia
Desde o início da pandemia, foram mais de 550 remoções aéreas, sendo 49% delas para pacientes com covid-19. O aumento de voos aeromédicos particulares no período foi de 30%. A gestora Bruna Pereira destaca quando a Uniair atuou no transporte de pacientes de Manaus para outras cidades do país e quando aumentou a onda de casos no Rio Grande do Sul:
- A lotação máxima de leitos UTIs fez com que tivéssemos, em algumas semanas, 100% dos voos aeromédicos com pacientes com covid-19. Isso envolveu uma logística muito complexa, envolvendo assepsia, protocolos de higienização, equipes de solo para realizar o apoio, mais uma equipe em voo e cuidado para não extrapolar jornada da tripulação, conforme regras da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
Atualmente, a empresa atende mais de 4 milhões de usuários do Plano Unimed em território nacional. Além do Aeroporto Salgado Filho, também tem um hangar no aeroporto Governador José Richa, em Londrina (PR) e uma base operacional em São José (SC). Nos seus 23 anos de história, já realizou 30,5 mil horas de voos e calcula ter atendido 15,5 mil pessoas. Com mais de 80 profissionais, de diversas áreas: médica, operações aéreas, manutenção e administrativo.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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