Um condomínio às margens de uma pista de pouso e decolagem de aviões. Essa é a ideia do Aeródromo de Águas Claras, em Viamão, um empreendimento de 30 hectares que conta com um aeródromo, hangar central, ponto de abastecimento de aeronaves, além de lotes para construções de casas, de outros hangares e até mesmo de empresas.
— A nossa ideia foi criar um conceito de comunidade aeronáutica, com a possibilidade de a pessoa ter a casa e o avião na garagem. É uma forma de poder se relacionar com a aviação de maneira muito íntima — conta o comandante Odino Dutra, que é sócio do empreendimento junto do piloto Marcio Sanchez.
Atualmente, o condomínio, que começou a operar em 2018, conta com 14 lotes, mas Dutra explica que o número pode aumentar, porque há 12 hectares disponíveis de terreno ainda sem loteamento. Dois desses lotes existentes já estão recebendo a construção de hangares. Ao todo, são 17 sócios atuais na associação.
— Você pode escolher se quer construir uma casa, um hangar privado, ou um hangar compartilhado, que é o que acontece muitas vezes — explica o comandante.
Quando a pessoa compra um lote, ela adquire, também, uma participação no aeródromo, que tem capacidade para receber aviões com até 15 passageiros. A pista, que tem 450 metros de comprimento e 20 metros de largura, é equipada para receber voos noturnos. O hangar construído pela associação conta também com dormitórios e até uma sala de cinema.
Polo Aeronáutico
Em 2020, o Aeródromo de Águas Claras passou a ser considerado, após uma lei municipal, o Polo Aeronáutico de Viamão. Isso expandiu as possibilidades de negócios nos lotes. Agora, o empreendimento também pode receber unidades de comércio, lazer, serviços e fábricas da indústria aeronáutica.
— Já temos uma empresa que adquiriu um lote. É a Drawanz, uma das líderes em motores aeronáuticos — diz Dutra.
A média de preço de cada lote, comercial ou residencial, é de R$ 300 mil. A pista e o aeródromo são cuidados por uma diretoria que administra o espaço e contrata prestadores de serviços. O empreendimento tem certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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