A economia gaúcha renovou seu recorde em abril. O Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCRRS), calculado pelo Banco Central, atingiu 155,40 pontos e superou o maior patamar anterior, alcançado em fevereiro.
O crescimento sobre março foi de 1,7%, bem acima da média nacional, que avançou 0,44%. Também foi o quarto melhor desempenho do país, conforme o ranking elaborado por Oscar Frank, economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA).
É importante lembrar que o mês teve um consumo que havia ficado represado em março, quando boa parte do mês foi tomada por restrições fortes da pandemia no Rio Grande do Sul. Segundo o IBGE, o setor de serviços avançou 0,7% e o varejo viu as vendas saltarem 14,9%. O agronegócio também segue com seu impacto positivo, turbinado pela soja que entra com mais força nos indicadores do segundo trimestre.
A indústria também aumentou produção, mas foi uma alta pequena de 0,3%. É praticamente uma estabilidade na comparação com meses em que tinha reduzido o ritmo. As fábricas enfrentam falta e alta de preços nos insumos. Leia mais: O setor que mais me preocupa agora e a pergunta de R$ 1 bilhão
Com os resultados positivos, a economia gaúcha já acumula uma alta de 3,5% em 12 meses conforme o indicador do Banco Central, também chamado de prévia do PIB. Mas o economista Oscar Frank salienta que é preciso mais fôlego:
- A continuidade do movimento da retomada no segundo semestre dependerá de uma melhora mais consistente dos serviços, que seguem com dificuldades de geração de crescimento sustentando por conta das restrições ainda existentes ao funcionamento dos negócios.
E alerta para o futuro dos preços internacionais que impactam a economia gaúcha:
- Fica também o alerta para 2022: mesmo que tenhamos a continuidade dos preços das commodities em patamares elevados, não haverá um efeito tão benéfico do ponto de vista do PIB gaúcho. A explicação passa pelo reajuste dos custos da próxima safra, em função da taxa de câmbio mais elevada. Consequentemente, a rentabilidade dos produtores será menor.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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