Provedora criada em 2019 em Minas Gerais com foco em cidades de pequeno e médio porte, a Vero Internet investirá R$ 30 milhões no Rio Grande do Sul, que tem 35% de toda a base de assinantes da companhia. Para 2021, está expandindo sua atuação para nove novas cidades e segue contratando trabalhadores. Recentemente, ela comprou duas empresas gaúchas. Para falar sobre esses assuntos, o programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha) conversou com Fabiano Ferreira, presidente da Vero Internet. Confira:
Qual a história da Vero? É uma empresa recente?
Isso. A empresa foi fundada em janeiro de 2019 pela união de pequenos provedores de internet. Nascemos em Minas Gerais e hoje já atuamos nos três Estados do Sul, principalmente no Rio Grande do Sul. Em torno de 35% da nossa base de assinantes está no Rio Grande do Sul. Estamos em 27 municípios gaúchos, tendo aproximadamente 130 mil clientes e, até o final do ano, vamos ter mais investimentos com foco em cidades de pequeno e médio porte, com até 200 mil habitantes. Esse é um fator relevante, entendemos ter oportunidade nessa região para clientes que querem fibra ótica, que começa em 220 megabites e termina em 2.4 gigabites.
Lá no início, quando surgiu em Minas Gerais, de onde saiu a ideia de criação?
Somos capitaneados pela Vinci Partners, que é um grande fundo de investimento que investe em outras empresas no Rio Grande do Sul, como o Agibank. Ela capitaneia, hoje, R$ 50 bilhões de investimento. Eles estruturam uma tese para consolidar um mercado que tem 11 mil pequenos e médios provedores. E o fundo, como acontece em muitos mercados, fez essa consolidação. Eu fui contratado como presidente para tocar esse modelo de negócio, não só fazendo a consolidação e aquisição de empresas, mas também de crescimento orgânico, levando nossos serviços para novas cidades, como fizemos recentemente com Frederico Westphalen, Venâncio Aires, São Borja e Charqueadas. São cidades onde começamos a investir e onde antes não estavam as empresas que compramos. Adquirimos duas empresas no Rio Grande do Sul, uma que atua mais no Litoral e outra no Noroeste. E não só investimos com aquisição, mas também entrando em novas cidades.
Veja a entrevista em vídeo:
Uma delas foi a INB?
Isso. Também fizemos a aquisição da Clic Telecom, que atuava no noroeste do Rio Grande do Sul, região de Ijuí e Cruz Alta.
Vocês compraram e investiram na estrutura e expansão delas, isso? Temos visto um investimento semelhante na área de logística.
Exatamente. É um modelo muito parecido com o que está acontecendo com o serviço de logística e também de educação. Para se ter uma ideia, o tamanho de investimento neste ano no Rio Grande do Sul é de R$ 30 milhões, contando recursos humanos, tecnologia, infraestrutura e ponto de presença da companhia. Tem inauguração de loja e troca de marca. Por exemplo, hoje não existe mais as marcas INB e Clic. Todas são Vero. E para entregar internet de alta velocidade, é muito importante ter infraestrutura.
E indicação também...
Temos liderança de mercado onde atuamos. São 130 mil casas ou empresas. Isso significa que cerca de 500 mil pessoas dependem do nosso serviço no Estado, porque mais de três pessoas costumam usar o serviço por residência. Somos líderes com 38% de participação de mercado nas 27 cidades que atuamos no Estado e crescemos a cada mês.
A ideia é fazer novas aquisições no Estado?
Tem boas oportunidades, sim. Estamos olhando, mas sem previsão exata porque as negociações variam. Vamos lançar mais cinco cidades até o final do ano em regiões muito interessantes do Estado. O agronegócio tem alavancado os negócios.
Essa demanda de bom serviços de telecomunicações pelo agronegócio eu escuto há muito anos. Tem um ponto que me chama atenção nesse debate é de investir nas telecomunicações para manter o jovem no campo.
Sim. Exatamente. E esse é um ponto importante. No Brasil, atendemos cidades com 3 mil habitantes. É incrível o que conseguimos proporcionar de desenvolvimento socioeconômico porque traz empresa e evita o êxodo rural. Geramos movimentos interessantes, como o ensino à distância (EaD). Se você não tiver um bom serviço de internet, você será prejudicado.
Quais são as metas de vocês?
Temos crescido a taxas de 30% por ano em número de clientes e faturamento. Para os próximos anos, o plano não é diferente. Até no Rio Grande do Sul, por tudo o que estamos vendo, tendemos a crescer mais do que os 30% nos próximos anos, pelo que vemos de oportunidades e investimentos. Neste ano, vão ser nove novas cidades no Estado. Quatro já entregues e outras cinco que serão entregues. O Rio Grande do Sul é onde mais estamos investindo na companhia em termos de crescimento orgânico.
Tem um indicador muito importante quando falamos de empresas que é emprego. Há previsão de novas vagas?
Isso é muito importante. Nossa empresa é de serviço, temos toda uma equipe própria da jornada de clientes. Quando o cliente liga para o call center, é um funcionário próprio. Quando vai para uma loja ou necessita de um serviço técnico, é um funcionário próprio. Investimos muito em treinamento. E hoje temos 550 funcionários e vamos chegar muito próximo a 600 funcionários, além dos empregos indiretos, como serviço de limpeza e manutenção nas nossas centrais. Devemos ter perto de mil pessoas envolvidas no nosso negócio no Estado. E para crescer uma companhia, é necessário ter mais gente. E para se cadastrar, pode entrar no site, clicar na aba "seja um colaborador" e conferir as vagas. É bom ficar consultando, é dinâmico.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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