A decisão da prefeitura de Pelotas de fechar atividades comerciais por cinco dias para conter a pandemia não provocou críticas apenas de empresários do município. Presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski mandou mensagem para a coluna manifestando a preocupação de que a decisão seja tomada em mais cidades. A situação se agrava para o varejo considerando a proximidade do Natal.
- O comércio varejista não consegue resolver a questão de oferta de leitos, mas é quem acaba fechando. O fechamento de Pelotas abre a porteira para outros prefeitos decretarem medidas semelhantes. Nossos empregos e empresas não vão suportar. Pessoal vai, simplesmente, desistir de ser empresário - disse o empresário.
Ele relembrou uma reclamação muito frequente na época de restrições mais severas das atividades econômicas, de que produtos do comércio não essencial são vendidos em supermercados:
- O povo se direciona rapidamente para os supermercados e hipermercados que vendem de tudo. Talvez gere até mais aglomeração nas filas dos caixas.
Ele ainda criticou fortemente a decisão de Pelotas:
- Já tiveram oito meses para se organizar com verba e leitos. O comércio em bandeira vermelha já está com 50% da capacidade e seguindo protocolos de higiene.
Segundo o presidente das AGV, se mais cidades fecharem, vai ser o momento de muitos empresários encerrarem as atividades definitivamente. O empresário sugere ativação de campanhas de conscientização como contrapartida para o não fechamento, como aconteceu na Capital: "Porto Alegre precisa de você, agora", diz campanha lançada por empresários para conscientizar população
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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