Sou o exemplo típico das estatísticas que mostram a mudança no consumo na pandemia. Renovei alguns eletrônicos, comprei móveis, turbinei as despensa de comida para alimentar as crianças que ficam em casa o dia todo, investi em pijamas e me apaixonei por elas: as babuches. E, sim, eu também tinha preconceito. Não me imaginava usando aqueles calçados de plástico arredondados. Imaginava que meus pés ficariam maiores ainda e duvidava quando tentavam me convencer do conforto.
Só que chegou o inverno da pandemia. As crianças estavam molhando as meias ao correr na grama com chinelo de dedo, sem contar os tombos no pátio. Elas foram as primeiras da família a ganhar babuche. Minha mãe já era adepta e desfilava com a dela, enquanto meu chinelo de couro gaudério não estava conseguia isolar meus pés do frio intenso. Afastei o preconceito, cedi e não me arrependo.
Tem a marca famosa Crocs, mais conhecida até do que o termo babuche. Mas há diversas outras empresas, e muitas são mais baratas até. Boa Onda, Luelua, Vida Boa e Grendene são algumas opções fáceis de achar na internet. Os estilos são bem diferentes. Também é bom pesquisar sobre a qualidade do material usado. A babuche pode ser mais confortável do que andar de pé descalço, mas também há opções duras e de baixa durabilidade.
Nas duas vezes em que comentei sobre minhas babuches na Rádio Gaúcha, a polêmica foi enorme entre os ouvintes. As piadas com meu marido Jocimar Farina, colunista de GZH e que também ganhou babuches, duraram horas. Eu entendo. Afinal, já fui resistente também. Mas depois de descobri-la, já presenteei toda a família. Aliás, compro de uma marca que tem fábrica no Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul. Ou seja, ainda estimulo a economia local.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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