Pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA) aponta que 35,2% dos moradores da Capital pretendem comprar presentes de Natal já na Black Friday. A liquidação acontece na sexta-feira da semana que vem, dia 27, e, para a entidade, a antecipação do consumo pode aumentar o gasto do consumidor nesta promoção.
O levantamento está sendo finalizado pela Vitamina Pesquisas e será divulgado pela CDL nos próximos dias. Ainda conforme alguns dados antecipados à coluna, a maioria dos entrevistados sinalizou a intenção de gastar mais do que R$ 1,5 mil, o que faz a entidade identificar uma boa credibilidade na promoção, intenção de aguardar a data da alguma compra específica, a busca por eletrodomésticos e a demanda reprimida pela pandemia.
Aliás, os entrevistados também foram questionados se a pandemia afetou a intenção de compra e 46,1% disseram que não. Outros 30,5% disseram que não pretendem consumir porque o cenário está instável. E, para fechar, 23,4% pretendem comprar já que tiveram que reduzir os gastos ao longo do ano. Para os lojistas, a CDL alerta que é um momento oportuno para aproveitar o consumo reprimido.
E sobre credibilidade da Black Friday:
Promoção que vale a pena: 46,1%
Promoção como qualquer outra: 18%
Promoção fake: 17,2%
Não vale a pena: 11,7%
Outros: 7%
Sobre essa pergunta, a CDL Porto Alegre sugere que os lojistas apliquem descontos reais para corroborar com a qualidade que a promoção tem. E aqui, então, a coluna diz "amém" para esse comentário.
Economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank reforça que o comércio eletrônico, que cresceu na pandemia, reforça a importância da Black Friday em relação ao Natal de 2020:
- Por exemplo, buscas no Google para 19 dos 29 macrossetores excederam o intervalo precedente ao evento de 2019. Além disso, a procura por palavras como “cupom”, “cashback” e “frete grátis” avançou substancialmente.
Por categorias de consumo, Frank observa:
- Também acreditamos na heterogeneidade dos resultados. Categorias como supermercados, drogarias e farmácias provavelmente registrarão incrementos consideráveis, pois estão atrelados à sobrevivência e conforto. Por sua vez, materiais de construção e decoração se beneficiam de uma realocação dos gastos porque o tempo de permanência nos lares subiu. Já nos segmentos onde admite-se a postergação da despesa sem grandes prejuízos ao bem-estar, como vestuário, calçados e acessórios, a performance deve ser notavelmente aquém de 2019.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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