Banco criado no Rio Grande do Sul quando ainda se chamava Agiplan, o Agibank construirá uma sede em São Paulo que está chamando de "campus". Informação antecipada à coluna e que está sendo comunicada hoje ao mercado, o investimento será de R$ 20 milhões. Recentemente, a empresa recebeu um aporte de R$ 400 milhões da empresa de investimentos Vinci Partners.
- Ela fica em Campinas, ao lado de Viracopos (aeroporto), um hub importante de negócios. Era um movimento pensado há dois anos. Tínhamos dificuldade de trazer pessoas para trabalharem aqui, já que São Paulo reúne quem atua no centro financeiro do país - diz o CEO, Marciano Testa, explicando a escolha.
E, sim, o CNPJ também sai de Porto Alegre e vai para São Paulo, que é o coração financeiro do país. Mas o executivo reforça que o Agibank mantém sua forte atuação no Rio Grande do Sul, listando, inclusive, novas apostas. Mas haverá uma transformação. Será criada uma unidade chamada de "lab" no Instituto Caldeira, um espaço com foco em inovação no 4º Distrito, em Porto Alegre. Inicialmente, terá 200 posições de trabalho no local, com possibilidade de ampliação. O tradicional prédio na Avenida Mostardeiro manterá uma agência conceito do banco e também uma parte de escritório, mas a ocupação será reduzida.
- Não estamos saindo do Rio Grande do Sul, eu moro aqui. As pessoas agora poderão trabalhar de onde quiserem, onde forem mais produtivas - reforça Testa.
Fora as unidades físicas, o Agibank reforça a possibilidade para o home office dos funcionários, com a adoção do trabalho remoto permanente. A ideia, inclusive, é que eles trabalhem de onde quiserem, em qualquer lugar do mundo. E já são 4 mil pessoas, com planos de ampliar esse quadro de trabalhadores. Em especial, com profissionais de tecnologia da informação.
- Tanto o novo campus, como o lab e o home office vêm para nos preparar para o futuro, já que seguiremos crescendo na ordem de 30% ao ano por um longo período - informa o CEO do Agibank.
O banco abriu 580 vagas de trabalho durante a pandemia. Do quadro de funcionários, 35% ficam no Rio Grande do Sul. E a expansão física do banco segue. São 700 agências agora, com planos de abrir outras 600 nos próximos três anos. A empresa tem mais de 2,7 milhões de clientes atendidos no Brasil.
- Vamos crescer no físico para ensinar as pessoas a entrarem no digital, abrirem e movimentarem a sua conta - comenta o executivo sobre a estratégia de crescer no digital e no físico paralelamente.
Sobre a entrada na bolsa de valores com um IPO, ainda não há previsão, mas não é uma possibilidade descartada, disse o executivo em conversa com a coluna nesta sexta-feira (9). A abertura de capital estava nos planos da empresa, mas foi adiada pelas condições do mercado na ocasião. O Agibank acabou optando pela busca de recursos da forma que gerou o aporte da Vinci Partners.
Sobre o sistema de pagamentos lançado pelo Banco Central, o Pix, o CEO do Agibank se mostrou um entusiasta. Marciano Testa diz que será uma revolução no mercado e conta que é grande a adesão de clientes já.
- Estamos muito felizes com a iniciativa do Banco Central. Aliás, o Agibank foi precursor da tecnologia, quando lançamos a movimentação por QR Code. A diferença é que ela funcionava apenas para nossos clientes e, agora, será um sistema ligando todos - lembra ele.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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