Porto Alegre está ganhando alguns empreendimentos curiosos. São prédios com as chamadas dark kitchens, traduzidas como cozinhas escuras, ou ghost kitchens, o que significa cozinhas fantasmas. Esses negócios são a cara da pandemia, no bom sentido. Mostram como a economia pode se adaptar rapidamente a novas necessidades.
Mas o que são esses espaços?
São cozinhas mesmo, com equipamentos industriais para preparar alimentos em mais quantidade e rapidez. São alugadas por empresas de gastronomia. Muitas vezes, grandes marcas nacionais e internacionais. Tem empresa de hambúrguer, sushi, pastel, galeto, pizza, dos mais variados tipos.
E por que são fantasmas ou escuras?
Os termos são usados porque elas não tem espaço para receber os clientes no local. Ou seja, são apenas para delivery.
Qual a vantagem?
O custo é muito menor para a empresa. O aluguel costuma ser mais barato do que um ponto comercial separado. Mas, principalmente, porque quem constrói ou administra esses esses prédios também oferece outros serviços. Um deles é a logística de entrega da comida para o cliente. Há espaços, por exemplo, para motos e bicicletas de entregadores, ou até carros. Às vezes, a frota é da dona do empreendimento, que tem sido chamado de "shopping de cozinhas fantasmas". Há empresas que criam até uma plataforma digital de venda das refeições. São custos que acabam sendo reduzidos.
Já tem em Porto Alegre?
Sim. O primeiro que temos notícia foi inaugurado no final de 2017 como um piloto que acabou sendo implementado em vários outros locais do país pela empresa, que trouxe a ideia da China. Mas agora na pandemia, esses empreendimentos se proliferam. Inclusive, marcas locais menores e bem tradicionais criaram um próprio, com a possibilidade no futuro, após a pandemia, ter um espaço para também receber clientes. Só a coluna noticiou três inaugurações neste período.
Sendo cozinhas escuras e fantasmas, elas são assombradas? (Risos)
Não se tem notícia de assombração nos empreendimentos de Porto Alegre. Ao menos, não ficou alguém para nos contar o que possa ter ocorrido na calada da noite quando todos os pedidos já foram entregues e os fogões desligados. Mas melhor não arriscar. (Mais risos)
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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