Ocorreu nesta segunda-feira (28) a estreia da Melnick Even em negociações na bolsa de valores de São Paulo, a B3. O braço gaúcho da incorporadora fez na última sexta (25) o chamado IPO, que é a oferta inicial de ações no mercado, quando a companhia abre o capital. As ações saíram a um preço de R$ 8,50, que foi o piso faixa indicativa, que iria até R$ 12,50. A captação da empresa foi de R$ 713 milhões.
Na abertura do pregão da bolsa, as ações tiveram queda. Mas, em seguida, recuperaram o preço do IPO. No fechamento, no entanto, a queda foi de 1,76%, sendo vendida cotada a R$ 8,35.
Analista de mercado e sócio da Quantitas Asset, Wagner Salaverry comenta que a Melnick conseguiu aproveitar a janela de vários IPOs e abriu capital mesmo em um período adverso.
- O Ibovespa está caindo e algumas empresas desistiram ou adiaram a entrada na bolsa. Isso mostra o acerto da proposta da Melnick, que conseguiu se diferenciar dentro de um setor com o maior número de IPOs desta safra: o de incorporadoras. A empresa captou prometendo acelerar o lançamento de unidades na região de Porto Alegre, longe do mercado de São Paulo, onde a concorrência é muito maior. Agora, o desafio será remunerar bem este capital, entregando aos investidores o que prometeu - comenta Salaverry, sócio da gestora de fundos de Porto Alegre.
A Melnick Even é a subsidiária da Even em Porto Alegre. Há pouco mais de uma semana, a coluna noticiou os planos da empresa para construir um novo bairro planejado na Capital. É o Altos do Central Parque, que ficará entre o Partenon e o Petrópolis. Ao todo, serão 145 mil metros quadrados e capacidade para 8 mil pessoas morarem em 26 torres em prédios previstos. Saiba mais: Porto Alegre terá novo bairro planejado com expectativa de 8 mil moradores; veja imagens
Mais IPO na construção gaúcha
Incorporadora com sede em Porto Alegre e forte atuação no mercado da construção civil da região Sul, a CFL também fará IPO. O pedido de abertura de capital foi protocolado em agosto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regra e fiscaliza o mercado de capitais. Foram contratados para a operação os bancos Itaú, BTG Pactual, Santander e a XP Investimentos. Deve movimentar algo em torno de R$ 1 bilhão.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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