A venda de vinhos brasileiros finos teve, em julho, o melhor resultado do ano. O mês respondeu por 26% do que foi comercializado já em 2020, segundo a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra). Entre os motivos para o crescimento, estão o frio rigoroso, o consumo em casa durante a pandemia, a alta do dólar que deixa o produto nacional mais competitivo e o vinho usado como substituto de outras bebidas. Aqui, a coluna noticiou o crescimento de 66% na venda no primeiro semestre: Venda de vinho dispara e de espumante despenca na pandemia; entenda
De janeiro a julho, o setor contabiliza já a venda de 14.659.904 litros. O dado é nacional, mas a Uvibra pondera que reflete o vinho que é fabricado no Rio Grande do Sul.
- No mercado global de vinhos, as vendas acabaram ficando mais concentradas nos supermercados e mercearias. O motivo para isso é claro e simples. Os restaurantes ficaram fechados. Para os produtores nacionais isso representa, claro, prejuízos em alguns segmentos, como o enoturismo e a gastronomia, mas forte crescimento onde estão os maiores volumes: os supermercados - analisa Deunir Luis Argenta, presidente da Uvibra.
Os espumantes brut, que no primeiro semestre tiveram queda de 26,19% em relação ao mesmo período do ano passado, começaram uma virada, fechando o mês de julho com um aumento de 13% em relação a junho. Já os espumantes moscatéis tiveram ainda uma queda de 2%. No segmento do suco de uva concentrado, houve alta de 24% em julho sobre junho. Mas a venda ainda está longe dos números do primeiro trimestre.
Importados ainda dominam
Mesmo com a alta do dólar favorecendo a bebida nacional, os vinhos importados ainda têm 82% do mercado brasileiro. No acumulado de 2020, a importação ainda cresceu 14%. A compra de espumantes do exterior, no entanto, recuou quase 16%. E a de suco recuou 59%.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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