Prefeituras da Região Metropolitana, incluindo Porto Alegre, estão fazendo ajustes no pedido encaminhado ao governo do Estado para flexibilizar as regras do distanciamento controlado. A proposta foi protocolada na segunda-feira (17), às 21h. Nessa terça (18), foram solicitadas algumas alterações que estão sendo discutidas ao longo do dia de hoje. A ideia é fazê-las e entregar ainda à tarde as mudanças, contou para a coluna o prefeito de Gravataí, Marco Alba:
- Será um intermediário entre a bandeira vermelha e a laranja - antecipou o prefeito.
Segundo Alba, foi solicitado que as prefeituras limitassem o horário de funcionamento à noite, que tinha ficado liberado. Além disso, está entre os ajustes a limitação de dias de abertura do comércio não essencial na semana. Atualmente, pelo decreto estadual para bandeira vermelha, são quatro dias. A primeira proposta tinha sido liberar os sete dias, segundo o prefeito de Gravataí. O secretário Municipal da Saúde, Jean Pierre Torma, explica que a proposta agora vai com seis dias.
- Mas cada município terá seu decreto específico, dentro da proposta geral. Pode definir que sejam menos dias. Até porque cada prefeito e equipe sabem a realidade de cada local no combate à doença e necessidades da economia - comenta o secretário.
Foram necessários ajustes ainda sobre a ocupação definida para atividades econômicas dentro dos locais, até mesmo indústria e construção civil. O cumprimento dos limites precisaria ser fiscalizado pelas prefeituras, o que é complexo.
O pedido engloba Gravataí, Porto Alegre, Cachoeirinha e Glorinha. Alvorada e Viamão decidiram continuar seguindo as regras da bandeira vermelha. Quem acompanha o andamento dos pedidos, diz que, quando ajustes são solicitados e feitos, a habilitação é rápida. O prefeito Marco Alba diz trabalhar com a ideia de que a autorização saia ainda nesta quarta-feira.
Os primeiros municípios do Rio Grande do Sul a adotar protocolos próprios para flexibilizar o modelo de distanciamento controlado do Estado foram Novo Hamburgo, Canoas e Taquara. Pelo decreto publicado no último dia 11, o Estado segue classificando o risco epidemiológico de cada zona. A diferença é que, desde então, mesmo áreas com bandeira vermelha (alto risco) podem adotar normas menos rígidas, desde que sigam as seguintes condições: 1) as regras precisam ser, no mínimo, iguais às da bandeira anterior (nesse caso, a laranja), 2) a decisão deve ter embasamento científico e aval de um comitê técnico e 3) têm de ser aprovadas pela maioria dos prefeitos da região.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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