A taxa de desemprego teve aumento forte no Rio Grande do Sul no segundo trimestre de 2020, que concentrou os efeitos da pandemia na economia. O índice, calculado pelo IBGE, passou para 9,4%, frente aos 8,3% do primeiro trimestre do ano. O contingente de desempregados ficou estimado em 535 mil pessoas, 31 mil a mais do que no período anterior.
E a taxa subiria mais caso muita gente não tivesse parado de buscar emprego agora, seja porque têm medo da exposição ao coronavírus ou porque acha que a economia em crise não tem muito trabalho disponível neste momento. O índice é calculado considerando quem procura trabalho. E isso pode ser visto no que o IBGE aponta como pessoas "fora da força de trabalho", que são aquelas que poderiam estar trabalhando, mas não estão buscando emprego. No segundo trimestre, esse indicador teve 520 mil pessoas a mais do que nos três primeiros meses do ano.
Foram extintos 439 mil postos de trabalho, lembrando que o IBGE considera emprego com carteira assinada, informal, trabalho por conta própria e até mesmo empregadores com e sem CNPJ. É uma pesquisa por amostragem, mas que traz um cenário mais amplo do mercado. Houve aumento apenas nos trabalhadores por contra própria com CNPJ, trabalhador familiar auxiliar e setor público com carteira ou militar e estatutário.
O comércio foi o que mais fechou postos de trabalho no Rio Grande do Sul (-118 mil). Depois, o setor de alojamento e alimentação (-78 mil), que inclui hotéis e restaurantes.
O rendimento médio, porém, subiu. Passou de R$ 2.583 para R$ 2.637. A alta, no entanto, não elevou a massa salarial total, já que muitos postos de trabalho foram extintos. E ela é essencial para girar a economia, começando pelo varejo e chegando à indústria.
Ranking nacional
Apesar da alta, o Rio Grande do Sul fica com a terceira menor taxa de desemprego do país. Atrás apenas de Santa Catarina (6,1%) e Pará (9,1%). Onze unidades da federação tiveram piora do indicador no segundo trimestre. Também tem um dos menores índices de subutilização (20%) e de informalidade (30,7%).
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da colunista
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GaúchaZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.