Uma boa notícia veio do setor de serviços do Rio Grande do Sul em maio. Além de ter crescido 5,2%, foi o segundo melhor desempenho do país. Na pesquisa do IBGE, ficou atrás apenas da vizinha Santa Catarina. A média nacional, inclusive, foi de queda de 0,9%.
É um dado positivo, mas é importante ponderar que avança em cima de um abril muito fraco. O setor de serviços é o que mais pesa no PIB e teve um impacto muito forte da pandemia do coronavírus. Em especial, com o baque sofrido pelo transporte aéreo de passageiros, hotéis e restaurantes.
Em relação a maio do ano passado, a queda é de 24%. E no acumulado de 12 meses, o recuo ainda é de 7,1%. Ou seja, ainda é uma preocupação grande, mas não deixa de sinalizar que há capacidade de reação. Dependendo, claro, de por quanto tempo ainda enfrentaremos a pandemia.
O segmento que enfrenta a menor queda em relação ao ano passado é o de serviços de informação e comunicação (-8,6%). Os demais apresentam recuos de dois dígitos. O pior resultado, de -58,7%, é dos serviços prestados às famílias, onde entra hotel e restaurante.
Os dados de varejo e da indústria já foram divulgados pelo IBGE. O Rio Grande do Sul cresceu em ambos sobre abril. Na semana que vem, o Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCRRS), com um panorama geral do mês.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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