Porto Alegre fechou maio com deflação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) ficou em -0,71%, segundo a Fundação Getúlio Vargas. O recuo de preços foi mais intenso do que na média nacional, que considera sete capitais e foi de -0,54% no mês passado. A deflação mais forte foi registrada em Belo Horizonte (MG).
O item que mais puxou a queda foi a gasolina. Além de pesar no orçamento e no cálculo da inflação, o combustível recuou 6,34% no mês em relação a abril. A queda no preço do petróleo desde o início da pandemia do coronavírus abriu espaço para reduções nas refinarias, mas a Petrobras já voltou a aumentar os valores desde que a cotação da commodity passou a subir novamente.
Apesar de um certo alívio trazido pela deflação neste momento, é uma queda de preços longe de ser comemorada. Também teremos uma deflação de serviços, provocada pela retração generalizada na demanda. Não há espaço para aumento de preços. Muitos, inclusive, seguem proibidos de funcionar. Teremos, portanto, uma deflação de demanda. O bom seria termos a inflação de 4% que era a meta do governo federal, mas este é um cenário não mais possível com a greve crise provocada pela covid-19. Para o país, mercado está projetando já IPCA de 1,55% para 2020.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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