Fechado acordo para fornecimento de nafta por cinco anos para unidades da Braskem na Bahia e no Rio Grande do Sul, onde a operação fica no polo petroquímico de Triunfo. A Petrobras divulgou fato relevante ao mercado nesta quarta-feira (10). A negociação era esperada com expectativa até porque a estatal estava com excedente de nafta com a queda na venda de combustíveis, acelerando as conversas.
Essa notícia tem forte impacto no polo de Triunfo. Segundo o analista de mercado Wagner Salaverry, a Odebrecht precisava dessa definição para poder encaminhar a venda da Braskem. Diz que nenhum interessado compraria os ativos sem uma definição prévia do fornecimento de nafta pela Petrobras.
Ainda conforme o texto enviado aos acionistas, acordo entra em vigor em dezembro de 2020, quando vence o antigo. Os volumes acordados variam de 60 mil a 3,5 milhões de toneladas por ano. O preço será 100% da cotação da nafta no Noroeste da Europa (ARA).
- O valor da nafta no contrato antigo era de 102,1% do preço ARA. Volumes anuais eram de 7 milhões. Contrato anterior foi fechado em dezembro de 2015, e valia por 5 anos - complementa Salaverry, sócio da Quantitas Asset, gestora de fundos de Porto Alegre.
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Venda cancelada há um ano
Há quase um ano, a coluna noticiava que tinha sido cancelada a venda do controle da Braskem para a empresa holandesa LyondellBasell. Segundo o texto divulgado na ocasião, a Braskem foi informada pela sua acionista controladora, que é a Odebrecht, sobre decisão de encerrar a transação. A ideia era transferir para a LyondellBasell a totalidade da participação da Odebrecht no capital social da Braskem.
A Petrobras divide o controle da petroquímica com a Odebrecht. A estatal aguardava a conclusão da operação para avaliar possibilidade de venda de sua fatia para o mesmo comprador. A Braskem é controlada atualmente pela Odebrecht, que possui 50,1% das ações com direito a voto. A Petrobras possui 47%.
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Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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