A Petrobras está postergando os prazos para venda de refinarias, processo em andamento dentro da política de desinvestimentos da estatal. A medida inclui a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.
O comunicado foi enviado ao mercado nesta sexta-feira (20). Segundo o texto, faz parte das medidas de prevenção contra o coronavírus. Por isso, está adiando o recebimento das ofertas vinculantes para que os interessados possam ter tempo para realizar a due diligence, que é o procedimento que investiga as contas da empresa.
Além da Refap no Rio Grande do Sul, a decisão abrange outras as refinarias. São elas: Abreu e Lima (RNEST) em Pernambuco, Landulpho Alves (RLAM) na Bahia, Presidente Getúlio Vargas (REPAR) e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná, Refinaria Gabriel Passos (REGAP) em Minas Gerais, Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) no Amazonas, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR) no Ceará.
"A Petrobras reforça o seu engajamento no projeto de venda dos ativos de refino e seus respectivos ativos logísticos, conforme estipulado em seu Plano Estratégico 2020-2024.", continua o comunicado.
No Rio Grande do Sul, os ativos à venda compreendem a refinaria de petróleo, dois terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos extensos. Eles interligam a refinaria e os terminais, dando acesso direto à cadeia de suprimento de petróleo e ao mercado consumidor de derivados de petróleo. Segundo a Petrobras, o Cluster Refap representa 9% da capacidade de refino de petróleo do país, ou seja, 208 mil barris por dia. A última ampliação ocorreu em 2006.
Os principais produtos fabricados na Refap são: diesel, gasolina, GLP, óleo combustível, querosene de aviação, solventes, asfalto, coque, enxofre e propeno. A refinaria começou a operar em 1968.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Siga Giane Guerra no Facebook
Leia aqui outras notícias da colunista