Com mais uma semana de queda, o preço médio da gasolina comum foi de R$ 3,96 na pesquisa da Agência Nacional do Petróleo em mais de 360 postos de combustíveis do Rio Grande do Sul. É o menor preço desde agosto de 2017 no Estado. Lembrando que o pico foi em outubro de 2018, quando o litro chegou a custar, em média, R$ 4,95, com a disparada do preço do petróleo no mercado internacional na época.
O valor é 80 centavos menor do que o encontrado no primeiro levantamento de 2020. Desde então, o preço do petróleo tem desabado no mercado internacional. O motivo é a desaceleração da economia com a pandemia, o que impacta no consumo mundial de combustíveis. Os acordos, difíceis de alinhavar, para redução da produção não foram suficientes para conter a queda. Contratos de petróleo para maio chegaram a fechar no negativo, ou seja, produtores estavam pagando para retirarem o produto, devido à demanda baixíssima. O armazenamento sai caro. Além disso, a piora na relação entre Estados Unidos e China também não ajuda.
A Petrobras tem feito cortes frequentes nos preços nas refinarias, com o repasse sendo feito pelas distribuidoras e postos de combustíveis. Nas bombas, com certeza, ainda há reflexo da queda no consumo pelas pessoas que têm ficado mais em casa durante o isolamento. O dólar também costuma pressionar para cima os preços dos combustíveis, mas o petróleo cai mais do que a alta da cotação.
Voltando aos preços dos postos no Rio Grande do Sul, na pesquisa da semana passada, o preço mais baixo foi R$ 3,41, encontrado em São Leopoldo. Já o mais alto foi R$ 4,79, cobrado por postos em Alvorada e Bagé.
Além disso, o preço de pauta da gasolina comum no Rio Grande do Sul teve nova redução na última sexta-feira (1º). Passou de R$ 4,42 para R$ 4,17. É sobre ele que é calculada a alíquota de 30% do ICMS da gasolina que precisa ser recolhido pelas empresas. O valor de pauta é definido pela Receita Estadual a partir da média das notas ficais eletrônicas de vendas anteriores ao consumidor.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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