Depois de tanto sacrifício das pessoas e da economia, a volta das atividades merece receber todo o cuidado. Se não, teremos um retrocesso, com mais mortes e com um novo fechamento do que foi aberto. A exposição das pessoas ao coronavírus vai aumentar e é preciso priorizar as situações e tomar as atitudes de precaução.
Um alerta é para o face shield, como são chamados os escudos faciais de acrílico. Ele não deve ser usado sozinho. A máscara tradicional, sendo de pano ou descartável, é essencial para proteger quem usa e as demais pessoas que circulam no local. O alerta é reforçado pelo presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), Fernando Spilki:
- O face shield é indicado para bloquear respingos e perdigotos que se dirijam diretamente ao rosto, mas não bloqueia partículas menores que se espalham pelo ar e podem chegar ao rosto de diferentes direções. Aí, a proteção efetiva é a máscara. O vírus por vezes pode estar em partículas tão finas que ficam em suspensão e serão aspiradas caso o indivíduo não esteja de máscara, vindo mesmo por baixo ou pelos lados do face shield.
Então, sorria com os olhos ao atender o cliente, sendo mais simpático, claro, do que o Hulk do free shop Caraballat, cuja foto ilustra essa coluna. A prevenção é mais importante neste momento. Além disso, já começam a aparecer máscaras nos moldes das tradicionais, mas com uma parte da frente de acrílico, permitindo que se veja a boca da pessoa. As laterais seguem de tecido, fazendo a moldura do rosto.
- Desde que bloqueie adequadamente as laterais, isolando o ar que é respirado, com um material adequado que promova a vedação, tudo bem. Tem um uso importante em situações especiais, como no cuidado de pessoas com deficiência auditiva - analisa Spilki, da SBV.
Além das orientações básicas para uso de máscara, álcool gel e medição de temperatura, uma cartilha da Confederação Nacional do Comércio (CNC), enviada para a coluna, traz outras recomendações que chamam a atenção. Confira:
1 - Envolver com papel filme e higienizar frequentemente, sem a presença dos clientes, as máquinas de cartão de crédito.
2 - Proibir o acesso de quem não estiver usando máscara. Orientar os funcionários a substituir a máscara após a refeição, em função do contato inevitável com as mãos. Sobre isso, leia também: A empresa pode obrigar o funcionário a usar máscara?
3 - Desestimular o uso de adornos (anéis, relógios, pulseiras) nas mãos e braços
4 - Disponibilizar algo para limpar o sapato. A CNC sugere tapete ou toalha umidificada de hipoclorito de sódio a 2% para higienização e desinfecção de sapatos na entrada da empresa
5 - Estimular uniformes para uso exclusivo no local de trabalho
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Siga Giane Guerra no Facebook
Leia aqui outras notícias da colunista