A Petrobras aumentará a gasolina em 12%. A alta valerá a partir desta quinta-feira (7) nas refinarias e deve representar uma elevação média de 10 centavos. É a primeira alta de preços desde fevereiro, quando o preço do petróleo começou a despencar. Desde então, a estatal vinha reduzindo preços com frequência.
Nesta semana, no entanto, o preço do petróleo disparou com a perspectiva de reabertura de economias importantes após um período de combate mais intenso à covid-19. Isso elevou a previsão de consumo de combustíveis, adicionado ao corte de produção por países produtores. Há ainda uma pressão extra vinda do dólar, que segue em patamar alto.
Inclusive, a coluna tinha publicado ainda na manhã desta quarta (6) a projeção do economista João Fernandes, da Quantitas Asset, avisando que a Petrobras tinha espaço para aplicar o aumento. Já são cinco sessões de elevação nos preços do petróleo. Além disso, os Estados Unidos divulgaram os dados de estoques de petróleo, que vieram abaixo do esperado sinalizando baixa oferta, o que pressiona ainda mais os preços para cima.
- Com essa recomposição do preço do petróleo, a diferença entre o preço interno e externo da Petrobras se inverteu e estava positiva agora - diz Fernandes, que cruza os valores no Brasil com aqueles cobrados no golfo dos Estados Unidos e as cotações da commodity.
Não haverá reajuste no diesel. O combustível essencial para o transporte rodoviário de cargas tem registrado ajustes menos frequentes nos preços por parte da Petrobras. A estatal já ajustou 13 vezes a sua tabela de preços da gasolina nas refinarias em 2020. No caso do diesel, foram 11 alterações.
Nas bombas
Com mais uma semana de queda, o preço médio da gasolina comum foi de R$ 3,96 na última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo em mais de 360 postos de combustíveis do Rio Grande do Sul. É o menor preço desde agosto de 2017 no Estado. A elevação desta semana tende a chegar nas bombas conforme houver giro no estoque. A Petrobras define preços nas refinarias, mas a negociação é livre na distribuidora e também não há tabelamento nos postos.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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