Entre vários pedidos envolvendo créditos e prazos, varejistas solicitaram ao ministro da Economia a possibilidade de abrir aos feriados e domingos após a quarentena da pandemia. Paulo Guedes participou de uma transmissão online com diversos representantes de entidades do comércio. A ideia é tentar recuperar parte das perdas de consumo durante o período de confinamento, quando o grosso do comércio está fechado.
Com um pedido aparentemente mais fácil de atender, Guedes se mostrou muito animado e disse que a sugestão era "excelente":
- Até porque vamos querer comprar, abraçar as pessoas, como nós brasileiros somos. E vamos ser felizes!
Logo depois, o ministro foi informado pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, de que a questão dos feriados tinha sido contemplada na medida provisória que flexibilizou regras trabalhistas. Nela, foi autorizado que a empresa antecipasse férias e feriados dos funcionários para o período da pandemia. Agora, é preciso que o varejo possa abrir nas datas posteriores, assim como nos domingos. E o detalhe citado no encontro de Guedes com varejistas: sem o custo de eventuais convenções coletivas.
Presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski considera a medida positiva, assim como outras que o governo federal tem anunciado, apesar de entender que a crise é severa demais. Pondera, no entanto, que o varejo de porte maior e de grandes cidades se beneficiará mais do que os pequenos.
- O funcionário continuará tendo uma folga semanal. No caso de grandes empresas, é mais fácil ajeitar escala. Fora que domingo não é um dia de grande movimento nas lojas de interior. Tem cidades onde o comércio nem abre no sábado à tarde. Mas é uma medida válida, sim.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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