A Calçados Beira Rio demitiu 1,5 mil funcionários na semana passada. A informação é do presidente da Federação Democrática dos Sapateiros do Rio Grande do Sul, João Batista Xavier. Procurada pela coluna, a empresa não quis se manifestar. O sindicalista informa que, com esse caso, subiu para 4,5 mil o número de demissões contabilizadas em indústrias de calçados do Rio Grande do Sul desde o início da pandemia, declarada em 11 de março pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Inclusive, houve uma ação judicial da entidade de trabalhadores contra o pagamento parcial das verbas rescisórias pela empresa, com uma decisão favorável da Justiça dias depois.
- A empresa estava pagando 20% em vez de 40% de multa e apenas 15 dos 30 dias de aviso prévio indenizado. Depois da decisão da Justiça do Trabalho, a empresa voltou atrás e garantiu que faria o pagamento integral.
Ele acrescentou que a Calçados Beira Rio tem de 19 mil a 20 mil funcionários.
- A empresa alegava que os artigos 501 e 502 da CLT determinam que, ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa ou de um dos estabelecimentos, pode ser paga a metade da indenização. Mas não é o caso da Beira Rio, pois as unidades seguem em pleno funcionamento.
Lembrando que a Calçados Beira Rio já tinha feito uma grande dispensa em março. Após o incêndio em uma fábrica em Mato Leitão, no Vale do Rio Pardo, mais de 600 funcionários foram demitidos. Relembre: Fábrica de calçados demite mais de 600 trabalhadores no RS
A sede da Calçados Beira Rio fica em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. É dona de marcas como Moleca e Vizzano.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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