Uma dúvida ainda frequente entre os leitores é se os bancos poderão fazer algum desconto no auxílio emergencial de R$ 600 que o governo federal está começando a pagar, dentro das medidas de proteção aos mais vulneráveis durante a pandemia da covid-19. Não, não podem. O dinheiro ficará disponível integralmente para as pessoas.
Logo que o aplicativo ficou pronto, algumas mensagens davam a entender que o valor seria usado para pagamento de taxas ou dívidas anteriores, como o cheque especial. A própria Caixa Econômica Federal disse depois que isso não ocorreria e que a mensagem seria retirada.
O governo federal e os bancos fecharam um acordo para que o auxílio não fosse usado para quitação automática de pendências e nem mesmo amortização. A garantia é da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que acrescenta que não serão também cobradas novas taxas para a disponibilização do dinheiro. Para evitar descontos, as instituições financeiras criaram uma espécie de conta vinculada para o cidadão.
Lembrando que o valor de R$ 600 será pago por três meses para até duas pessoas da mesma família. No caso de a mulher ser a única responsável pelas despesas da família, o valor pago mensalmente será de R$ 1,2 mil.
O benefício tem foco nos informais que viram sua renda praticamente zerar agora na pandemia. Agora, um conselho da coluna: esse dinheiro deve ser usado, principalmente, para garantir a alimentação da família, comprar remédios e manter os cuidados mínimos de saúde durante esse período crítico no país. Algumas pessoas terão até um aumento na renda mensal com esse auxílio. Mas que não esbanjem.
Segundo a pesquisa mensal do Dieese, o valor seria suficiente para comprar pouco mais do que uma cesta básica em Porto Alegre. Pesquisem, leitores. Para pegar um exemplo de um alimento que subiu muito de preço nas últimas semanas, observem o leite. Ontem mesmo, a coluna achou o produto custando de R$ 2,89 a R$ 3,64 para compra em supermercados da Capital que estão vendendo pela internet. Prefira cozinhar em casa, aproveite o máximo do alimento e evite desperdícios.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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