A Gerdau decidiu suspender por 15 dias a produção na fábrica de Charqueadas. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, Jorge Carvalho. Segundo ele, a situação dos trabalhadores vinha sendo discutida devido à pandemia de coronavírus e, então, a empresa achou melhor deixar os funcionários em casa.
Para isso, foram antecipadas as férias dos trabalhadores. O sindicalista acrescenta que o mesmo está sendo feito pela GKN, também com paralisação por 15 dias. Além do risco aos trabalhadores, a demanda caiu bastante com a pandemia. As paradas não surpreendem e estão sendo adotadas em vários segmentos.
A fábrica de Charqueadas tem cerca de 700 trabalhadores. No local, a Gerdau produz aços especiais e o principal cliente é a indústria automobilística. No ano passado, já tinha adotado o chamado lay off na unidade, que é a suspensão do contrato de trabalho quando a companhia precisa reduzir produção.
Após a publicação desta coluna, a Gerdau procurou a coluna e enviou a seguinte nota, na íntegra:
"A Gerdau informa que, no início do mês de abril, paralisará algumas áreas industriais da unidade de Charqueadas (RS). Os colaboradores entrarão em férias coletivas de 15 dias e seguirão recebendo seus proventos normalmente.
Esta iniciativa se deve à redução significativa da demanda pelos setores atendidos pela empresa, especialmente o setor automotivo, que sofre forte impacto da pandemia de coronavírus (covid-19). A medida pode ser reavaliada de acordo com os desdobramentos da situação e as necessidades da cadeia produtiva.
A Gerdau ressalta que segue aplicando medidas a fim de mitigar os impactos da pandemia de coronavírus em suas pessoas e operações. A empresa reitera que a preservação e o cuidado com a saúde e segurança dos seus colaboradores são valores inegociáveis".
GM também suspendeu
Após ter antecipado a parada da produção, a General Motors (GM) acertou com o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí a suspensão do contrato de trabalho dos funcionários. Será por até quatro meses, mas esse prazo não está definido e será reavaliado, explica o presidente do sindicato, Valcir Ascari.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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