A Gerdau está propondo colocar em layoff até cem trabalhadores da fábrica de Charqueadas, no Rio Grande do Sul. O mecanismo é uma suspensão temporária dos contratos de trabalho, usado quando as empresas querem reduzir produção sem reduzir o quadro de funcionários.
A coluna foi avisada por leitores e a informação foi confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, que recebeu os termos da proposta nos últimos dias e já submeteu à assembleia. A ideia da siderúrgica é que a interrupção ocorra já a partir de novembro, podendo durar cinco meses. Segundo o sindicato, a unidade tem cerca de 700 trabalhadores.
— A assembleia de trabalhadores não aprovou a proposta e fizemos alguns adendos. Não estava garantida a estabilidade dos que continuarão trabalhando e, ao mesmo tempo, seriam retirados muitos benefícios daqueles que seriam colocados em layoff — diz o presidente do sindicato, Jorge Carvalho.
As sugestões do sindicato foram enviadas já para a Gerdau. Na fábrica de Charqueadas, a empresa produz aços especiais e o principal cliente é a indústria automobilística. A última vez que a unidade teve layoff foi em 2015.
Posição da Gerdau enviada no início da tarde, após a publicação desta coluna:
"A Gerdau confirma que está em negociações com o sindicato local sobre a realização de um programa de layoff na usina de Charqueadas (RS). Esse programa busca preservar os empregos existentes. Essa decisão se deveu aos planos da indústria automobilística no Brasil, principal consumidor de aços especiais, de conceder férias coletivas e buscar a redução de seus estoques, principalmente em razão da crise econômica argentina. O atendimento aos clientes se manterá inalterado."
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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