Com sede em Porto Alegre, a Celulose Irani informou estuda fazer oferta pública primária de ações. A empresa atua nos segmentos de papel para embalagens e de papelão ondulado. A comunicação foi feita ao mercado por meio de um fato relevante. Para coordenar a possível operação, já contratou as instituições financeiras BTG Pactual, Credit Suisse e XP Investimentos.
Ainda no texto, a empresa ressaltou que a aprovação ainda não ocorreu e, portanto, a oferta de ações ainda não está confirmada:
"(...) a Companhia não definiu e nem aprovou a efetiva realização da Potencial Oferta, seus termos e condições, ou quaisquer outras possíveis operações para captação de recursos e, portanto, nesta data, não está sendo realizada qualquer oferta pública de distribuição de ações de sua emissão (...)", diz trecho do fato relevante.
A Celulose Irani condiciona a efetivação da operação, entre outros fatores, à aprovação de acionistas e condições da economia:
"(...) está sujeita, entre outros fatores, à obtenção das aprovações necessárias, incluindo as respectivas aprovações societárias aplicáveis, às condições políticas e macroeconômica favoráveis, ao interesse de investidores, a procedimentos inerentes à realização de ofertas públicas na forma da regulamentação vigente, dentre outros fatores alheios à vontade da Companhia.", informa mais adiante no documento.
A Celulose Irani já tem ações negociadas na bolsa de valores de São Paulo, a B3. A operação estudada agora pela companhia é diferente do chamado IPO (Initial Public Offering), quando se faz a primeira oferta pública primária, ou seja, quando ocorre a “entrada” da empresa na bolsa.
— Depois, toda vez que a empresa emite ações novas, vendendo-as com o dinheiro entrando no caixa da empresa, ocorre uma oferta pública primária. Quando é primária, entra dinheiro na empresa. Já quando é secundária, entra dinheiro no bolso dos acionistas, que vendem suas ações diretamente a outros investidores, sem entrar nada na empresa — explica o sócio da gestora de fundos Quantitas Wagner Salaverry.
Operações em 2019
Em setembro, a Celulose Irani divulgou dois fatos relevantes ao mercado que provocaram, em um primeiro momento, valorização significativa no valor das ações da companhia na bolsa de valores de São Paulo, a B3. O primeiro comunicado informou que, por meio da subsidiária integral Habitasul Florestal, fechou acordo de venda de bens com a Rio Negro Propriedades Rurais e Participações. Já o outro fato relevante era sobre um contrato de compra e venda de madeira com a chilena CMPC. Juntas, as operações somam R$ 92 milhões no Rio Grande do Sul.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Siga Giane Guerra nas redes sociais
Leia mais notícias da colunista