Dono das marcas West Coast e Cravo & Canela, o Grupo Priority pediu recuperação judicial. A solicitação foi ajuizada na manhã desta segunda-feira (16) em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. A empresa tem 32 anos de mercado.
Segundo a companhia, um dos principais fatores é a situação de crise no setor calçadista. Com a recuperação judicial, o grupo busca fôlego para dar continuidade ao processo de reestruturação da companhia calçadista. O Grupo Priority reforça que a medida é necessária para pagar os credores. Além disso, garante que não afeta a operação da empresa, que seguirá em "pleno funcionamento".
Ainda conforme o grupo, os pagamentos futuros que não estarão sujeitos à recuperação judicial serão realizados normalmente. Os empregos também estão assegurados após a finalização das férias coletivas, informa o advogado Laurence Medeiros, um dos profissionais que participam do processo.
O pedido de recuperação judicial está sendo conduzido pela Medeiros, Santos e Caprara Advogados. A consultoria de gestão e financeira é de Ricardo Meira, da Cheetah Consultoria Empresarial.
A recuperação judicial substituiu a antiga concordata na legislação brasileira É um mecanismo usado pelas empresas para conseguir colocar as finanças em ordem e retomar a operação, evitando uma eventual falência. A Justiça determina, por exemplo, suspensão de cobranças e impede o corte de serviços básicos, como o fornecimento de energia elétrica.
Depois que a empresa faz o pedido, a Justiça precisa autorizá-lo. Então, a companhia tem um prazo para apresentar o plano de recuperação judicial, que deve ser aprovado em assembleia geral de credores para então começar a ser executado.
Os produtos do Grupo Priority são comercializados em mais de 6,5 mil pontos de venda no Brasil, além da exportação para mais de 40 países. Atualmente, a empresa emprega mais de 700 pessoas.
A matriz fica em Ivoti (RS), mas a companhia também tem duas fábrica em Sergipe. Há pouco mais de um ano, a coluna noticiou o fechamento de uma fábrica da West Coast em Sobradinho, no Vale do Rio Pardo.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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