Após dois meses de queda, a indústria do Rio Grande do Sul conseguiu um resultado positivo em setembro. Segundo a pesquisa do IBGE, teve um crescimento de 2,9% na produção sobre agosto, já feito o ajuste sazonal. Foi, junto com Minas Gerais, puxador do avanço da média nacional no mês. O setor gaúcho teve o segundo maior peso no cálculo do instituto.
Mesmo que não tenha eliminado a queda anterior, é interessante observar quem puxou o resultado aqui no Estado: as fábricas de móveis. O segmento aumentou a produção e, além disso, tem influência grande no geral da indústria do Rio Grande do Sul. Considerando que a pesquisa monitora 232 produtos no Estado.
— Trata-se da primeira taxa positiva depois de dois meses de resultados negativos, eliminando, parcialmente, a perda acumulada nos dois meses anteriores de 5,6% — pondera o analista da pesquisa do IBGE Bernardo Almeida.
Trimestre
Mesmo o crescimento de setembro não foi suficiente para o terceiro trimestre fechar no positivo. A indústria gaúcha reduziu a produção em 1,8% de julho a setembro, em relação ao segundo trimestre do ano. Lembrando que no período anterior, tinha trazido um crescimento de 9,1%.
A coluna vem alertando sobre a perda de fôlego do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias. As empresas dessa área puxaram o resultado do primeiro semestre, mesmo que em cima de uma base fraca de comparação, que foi a forte queda da crise econômica. Em relação a setembro de 2018, a produção geral da indústria gaúcha caiu 1,1%, sendo que o segmento recuou 1,45%. A crise da Argentina tem grande contribuição nisso.
12 meses
Em 12 meses, apesar da perda de fôlego no terceiro trimestre, a indústria do Rio Grande do Sul segue com o melhor resultado do país. O crescimento é de 5,5%, mas o Paraná quase encosta, com avanço de 5,2%.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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